Jornalista diz que foi abordada por PM enquanto fazia compras em supermercado; promotor afirma que investigações podem ajudar a "embasar posterior oferecimento de denúncia"
Segundo o promotor de Justiça Roberto Bacal, as investigações podem auxiliar a “embasar posterior oferecimento de denúncia”.
Natuza acionou a Polícia Militar após ser confrontada por um agente de segurança no momento que fazia compras no local. Ambos foram levados à delegacia, onde a Corregedoria assumiu o caso.
No início deste ano, a Corregedoria da Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a conduta do policial civil, que já foi afastado de suas atividades operacionais. O nome do policial que teria feito as ameaças não foi confirmado.
Segundo o advogado da apresentadora, Augusto de Arruda Botelho, o policial teria dito a ela que os jornalistas têm de ser “aniquilados”. À CNN, Botelho disse que Natuza foi abordada pelo policial dentro do supermercado e que, inicialmente, o agente teria perguntado a ela se ela trabalhava na GloboNews. Após a confirmação, ele teria passado a criticar a jornalista.
“A ameaça sofrida por Natuza Nery atinge não apenas a jornalista, mas toda a imprensa brasileira. É gravíssimo que por divergências ideológicas ou políticas, um jornalista e seu veículo sejam atacados dessa forma. A imprensa livre é um dos principais pilares de uma democracia e deve sempre ser protegida e preservada”, destacou o advogado Augusto de Arruda Botelho.
Após a divulgação do caso, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou em uma rede social que “o ataque sofrido por Natuza Nery, em razão do simples exercício diário de seu ofício, exige pronta resposta do poder público, em especial dos órgãos de persecução penal”.
O Ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, também se manifestou e cobrou rapidez na investigação e responsabilização do agressor.
Fonte: Julia Farias/CNN
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