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domingo, 30 de junho de 2019

DEFESA DE LULA DIZ QUE LÉO PINHEIRO FOI PRESSIONADO PARA MUDAR VERSÃO.

Após novos vazamentos de conversas entre procuradores da Lava Jato, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje que Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, foi pressionado para mudar sua versão e incriminar o petista no caso do tríplex.
Publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, em parceria com site The Intercept Brasil, a reportagem diz que o empreiteiro que incriminou Lula no caso que o levou à prisão "foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações".
De acordo com a reportagem, as mensagens vazadas indicam que Léo Pinheiro "só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a empresa afirmou ter reformado para o líder petista".
"A reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo reforça a forma ilegítima e ilegal como foi construída a condenação do ex-presidente Lula no chamado caso do 'triplex'", disse o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o petista, em nota.
"Conforme histórico do caso, Léo Pinheiro, que ao longo do processo nunca havia incriminado Lula, foi pressionado e repentinamente alterou sua posição anterior em troca de benefícios negociados com procuradores de Curitiba, obtendo a redução substancial de sua pena", afirmou Zanin.
"Conforme histórico do caso, Léo Pinheiro, que ao longo do processo nunca havia incriminado Lula, foi pressionado e repentinamente alterou sua posição anterior em troca de benefícios negociados com procuradores de Curitiba, obtendo a redução substancial de sua pena", afirmou Zanin.
A defesa de Lula disse ainda que na época chegou a pedir apuração das "informações divulgadas pela imprensa, dando conhecimento de que Léo Pinheiro estaria sendo forçado a incluir artificialmente o nome do ex-presidente Lula no seu acordo de delação". "Tais procedimentos, no entanto, foram sumariamente arquivados", declarou Zanin.
Ainda segundo a reportagem da Folha, as negociações envolvendo uma possível delação do empreiteiro estava parada, quando a "Procuradoria-Geral da República e a força-tarefa de Curitiba aceitaram retomá-las em março de 2017, quando o processo aberto para examinar o caso do tríplex estava se aproximando do fim e Léo Pinheiro se preparava para ser interrogado por Moro".
O advogado de Lula afirmou que, ao ler as notícias sobre a negociação da deleção premiada de Léo Pinheiro, pediu a suspensão do depoimento do empreiteiro porque "a defesa sequer tinha conhecimento da sua real situação jurídica".
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Carlos Iavelberg/UOL
Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

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