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domingo, 30 de junho de 2019

A HISTÓRIA DA FOTO RARA DO TRAFICANTE MAIS PROCURADO DO RIO.

Fotógrafo português narra como esteve no esconderijo de Fernandinho Guarabu no morro do Dendê.

Há mais de dez anos, a minha curiosidade e desejo de entender os vários lados de uma mesma história levaram-me a trabalhar durante algum tempo nas várias favelas da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Graças a contatos feitos por Leslie Leitão, um colega e amigo que é um dos jornalistas mais sérios que conheço, fui me encontrar com o pastor Sidney Aspino, um daqueles evangélicos que realmente se importam com o próximo e querem o bem da sua comunidade.
Quando cheguei, rapidamente expliquei que gostaria de conversar e fotografar os traficantes, pois não conseguia entender como é que o Rio de Janeiro sofria um conflito armado e a maioria da imprensa carioca apenas escutava um lado da história. Publicavam-se notícias falando em “bandidos” sem nunca (ou quase nunca, com honrosas exceções) se tentasse ouvir o outro lado. Nessa mesma noite, acompanhei o pastor enquanto ele andava pelas várias favelas controladas pelo Terceiro Comando Puro para orar e conversar com vários traficantes, que pousavam as armas, davam as mãos e rezavam pelo seu bem-estar e pela saúde das suas famílias.
Engane-se quem acha que o pastor estava ali para fazer favores. Ele condenava a violência e o tráfico de drogas e fazia questão de dizê-lo nas suas conversas com os traficantes. Também sabia, entretanto, que aqueles jovens que ali estavam de chinelo, fuzil e cinto com pistolas e granadas tinham entrado naquela vida sem retorno. Deus era para eles, provavelmente, a única forma de terem um pouco de esperança na vida.
Eram dias/noites alucinantes para mim, pois pude conhecer e conversar com vários rapazes, todos mais jovens do que eu, falar de futebol, de armamento, de amores e de sonhos, pude fotografá-los sempre de cara destapada, ouvi-los a rir e a brincar uns com outros.
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: João Pina/Época
Foto: João Pina

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