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segunda-feira, 24 de junho de 2019

ASSEMBLEIA EMPREGA AO MENOS 15 EX-DEPUTADOS ESTADUAIS POR INDICAÇÃO POLÍTICA.

Com salários brutos que vão de R$ 7,7 mil a R$ 31,9 mil, cargos são alternativa a quem ficou sem mandato eletivo.

Entre gabinetes parlamentares, coordenadorias de bancadas, lideranças de partido e departamentos administrativos, ao menos 15 ex-deputados estaduais estão empregados na Assembleia Legislativa em espaços de indicação política, com salários brutos que vão de R$ 7,7 mil a R$ 31,9 mil. A maior parte dos casos é de ex-deputados que não conseguiram se reeleger e, sem mandato, foram acolhidos entre os 1,1 mil cargos em comissão (CCs) do Legislativo.
Adilson Troca (PSDB), Altemir Tortelli (PT), Bombeiro Bianchini (PL), Gilmar Sossella (PDT), Pedro Ruas (PSOL), Stela Farias (PT) e Tarcisio Zimmermann (PT) foram deputados até o início deste ano. Com o fim da legislatura, os sete passaram da tribuna aos bastidores. A eles, somam-se outros oito ex-deputados que assumiram o posto em legislaturas anteriores: Achylles Braghirolli (MDB), Carlinhos Vargas (PTB), Janir Branco (MDB), João Scopel (PTB), José Gomes (PT), Marcos Daneluz (PT), Paulo Borges (sem partido) e Sandro Boka (MDB).
Dos 15, o único que não é pago pela Assembleia é Gilmar Sossella (PDT). Quem adentrar desavisado no gabinete do atual deputado Gerson Burmann (PDT), no 11º andar, se surpreenderá ao ver Sossella atendendo aliados políticos. O ex-deputado concorreu nas últimas eleições, mas, condenado por crime de concussão, acabou barrado pela Lei da Ficha Limpa e ficou sem mandato no início do ano. Assim, Sossella retomaria a atividade de funcionário do Banco do Brasil, mas, graças à indicação política, conseguiu permanecer na Assembleia, cedido.
— Voltei à Assembleia por benevolência do deputado Gerson Burmann (PDT), que é líder do partido e solicitou a minha cedência do Banco do Brasil. Estou fazendo esse trabalho de atender prefeitos e vereadores. Lógico, sem mandato, mas digo que quero retribuir as pessoas. Graças a Deus, sempre gostei da política. Como a população gaúcha me deu votação para estar aqui, eu só não estou de direito, mas de fato fui eleito — argumenta Sossella.
No gabinete do líder do MDB, Fábio Branco (MDB), há outros dois ex-deputados empregados, conforme os dados obtidos por GaúchaZH via Lei de Acesso à Informação (LAI). Primo de Fábio Branco, o ex-deputado Janir Branco (MDB) exerce o cargo de "chefe de gabinete de líder". Não há impedimento legal à contratação de primos. Já o ex-deputado Sandro Boka (MDB) exerce o cargo de “chefe de gabinete” do deputado.
— O Janir é uma pessoa muito experiente, tem excelente relação com os deputados. Agora, a relação de primo é uma casualidade. Nós trabalhamos juntos e eu me sinto mais capacitado para exercer a função de deputado estando bem assessorado — conta Fábio Branco (MDB).
Ao menos três dos ex-deputados que são CCs têm salários brutos maiores do que os vencimentos dos atuais deputados. Carlinhos Vargas (PTB) tem contracheque bruto de R$ 31,9 mil, enquanto Scopel (PTB) e Braghirolli (MDB), de R$ 26,4 mil. Já os atuais deputados têm salário bruto de R$ 25,3 mil. Não há restrição legal em assessores receberem salário líquido ou bruto maior que o de parlamentares (desde que respeitado o teto remuneratório que, na Assembleia, é de R$ 35,4 mil para a maioria dos servidores).
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Fonte: Gaúcha ZH
Foto: Gabriel Jacobsen/Agência RBS


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