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segunda-feira, 24 de abril de 2017

PARA DIRIGENTES DO PSB, PARTIDO VAI OFICIALMENTE PARA A OPOSIÇÃO.

Executiva da legenda aprovou posição contra reforma da Previdência e trabalhista.

Após o fechamento de questão contra as reformas trabalhista, da previdência e política que prevê a lista fechada, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e outros dirigentes da legenda, deixaram claro que, sem a chancela de cargos no ministério e votando contra as principais matérias do governo, o PSB não pertence a base de Michel Temer, e com essas posições oficiais, é oposição. Os dois líderes do partido na Câmara, Teresa Cristina (MS), e do Senado, Fernando Bezerra (PE), foram votos vencidos contra o fechamento de questão nas bancadas.
— O partido nunca esteve no governo. Esse governo não nos representa. Fica inviabilizada nossa permanência na base. Quem está lá sem a indicação do PSB, é quem tem que se resolver. É prudente que o Palácio do Planalto comece a contabilizar votos a menos — disse o vice-presidente de relações governamentais do PSB, Beto Albuquerque.
— Se estamos contra as principais reformas e programas do governo consideradas essenciais, tire suas próprias conclusões — disse o presidente Carlos Siqueira.
O presidente do PSB fez uma analogia das decisões de hoje com o rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff a um ano da sua reeleição, em 2013, quando foi lançada a candidatura de Eduardo Campos, morto durante a campanha de 2014.
— Temos procurado ajudar o Brasil a sair da crise, votando a favor das matérias que interessam ao país. Fizemos isso com o governo Dilma, rompemos e devolvemos dois ministérios. Podemos nos orgulhar de ser o único partido a não trocar votos por cargos — disse Siqueira, informando que vinham sofrendo muita pressão de sindicatos, da Igreja e entidades de esquerda sobre as reformas.
Sobre as punições aos parlamentares que não cumprirem a decisão e votarem a favor das reformas, Siqueira lembrou que o estatuto prevê de advertência até expulsão, mas fez um apelo para que cumpram a posição da Executiva Nacional.
— Esse partido não é um trem descarrilhado que entram sem saber para onde vai. O PSB não solicitou nenhum cargo no governo, não temos sequer um guarda de quarteirão, não consideramos (Fernando Coelho) um ministro do partido. O cargo é do presidente Temer para ele fazer o que quiser com ele — disse Siqueira.
Ele criticou as reformas do governo Temer e disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sonhou em acabar com a era Vargas e não conseguiu, e não seria Michel Temer, que não teve sequer um voto, que conseguiria esse feito.
— A maior punição aos parlamentares pelo não cumprimento do fechamento de questão virá dos próprios eleitores se votarem a favor dessas reformas impopulares, que tem a rejeição da maioria da população — disse Siqueira.
Ele confirmou que o recurso que o líder Fernando Bezerra Coelho fará contra a decisão ao Congresso Nacional do partido será inócuo, já que a Executiva nacional deliberou, ao final da reunião, que a próxima reunião desse órgão será nos dias 12, 13 e 14 de outubro.

Fonte: Maria Lima/O Globo

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