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sábado, 29 de abril de 2017

CAMPEONATO BAIANO E OUTROS 4 ESTADUAIS DO NORDESTE NÃO DÃO PREMIAÇÃO AO CAMPEÃO.

Os estaduais são um dos fatores da edificação do futebol como o esporte mais popular do Brasil. No entanto, com o passar dos anos, essas competições não foram dando conta do alto nível de investimento atual do esporte e, cada vez mais, os estádios se esvaziam no primeiro semestre, período no qual esses campeonatos acontecem no país. Os grandes clubes, em sua maioria, pagam para atuar nesses torneios. A prova disto é que cinco das nove federações do Nordeste sequer dão uma premiação aos campeões dos certames, inclusive a Bahia, que vive sua fase final.
Presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues diz que, desde antes de ser eleito, em 2002, a entidade não premia os vencedores de seus torneios. No seu caso, ele crê que o advento da Copa do Nordeste tenha feito os estaduais pelo Brasil perderem força - o regional teve início em 1994, pausou entre 1995 e 1996, voltou em 1997 e se manteve até 2003, quando houve um hiato até 2012. Desde então, o Nordestão se firmou novamente.
“Tudo mudou. Antes, o estadual tinha até seis Ba-Vi’s. Quando as competições foram reduzidas, em 2002, os estaduais foram ficando sem ter um poder maior de arrecadação. Buscamos patrocinadores, empresas para motivar, e não foi possível dar essa premiação. Em nossa administração, sempre tentamos isso, mas é difícil”, justificou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Segundo o mandatário baiano, no entanto, há um pensamento dentro da FBF de premiar os campeões a partir de 2018. “A gente não sabe se diretamente teria dinheiro ou algum bem importante para um clube, como um veículo utilitário. Isso é um pensamento nosso”, revelou.
A situação não é uma exclusividade da Bahia. A entidade baiana é a nona no ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sendo assim a segunda nordestina. A líder Pernambuco e a terceira Ceará também não dão nenhum tipo de premiação às agremiações que levantam os troféus estaduais.
Curiosamente, estados com menos representatividade a nível nacional, com uma consequente menor arrecadação, propiciam aos seus clubes um “agrado”, mesmo que mínimo. Quarta federação no ranking nordestino e 11ª do país, Rio Grande do Norte premia os vencedores de cada turno com um carro da patrocinadora do campeonato, avaliado em R$ 30 mil. Sendo assim, Globo e ABC, finalistas no geral, levaram os automóveis.
Paraíba, sexta do Nordeste e 15ª do Brasil, também tem o costume de dar um carro ao vencedor. No entanto, nesta temporada, ainda há um impasse. A entidade tenta um acordo com a Caixa, o que viabilizaria uma quantia em dinheiro para o campeão local. Com isso, Treze e Botafogo-PB ainda não sabem se ganharão algo além de troféu e medalhas.
Os alagoanos, na quinta posição regional e 13ª nacional, procedem da mesma maneira e dão um carro, disputados pelos tradicionais CRB e CSA.
Vice-lanterna da lista nordestina e 17ª brasileira, a federação de Sergipe dá o prêmio mais em conta. Campeão e vice também faturam um veículo. O primeiro ganha um valor de R$ 150 mil e o segundo R$ 80 mil. Com isso, Confiança e Itabaiana já tem algo garantido – o último está no grupo do Fluminense de Feira na Série D.
Recém-incorporados à Copa do Nordeste, Maranhão (sétimo do Nordeste e 16º do Brasil) e Piauí (lanterna nordestinos e 19º nacional) também não premiam seus vencedores.
Para efeitos de comparação, a Copa do Brasil terá um prêmio de até R$ 68 milhões (leia mais aqui). A Copa do Nordeste dará uma premiação absoluta de R$ 18.520.000 ao vencedor (leia mais aqui). Sendo assim, o Ba-Vi decisivo do Nordestão poderá render cifras milionárias aos maiores clubes da Bahia, enquanto o Campeonato Baiano dará aos clubes apenas o grito de ‘É campeão!’, após três meses de disputa - desde a primeira vez, em 1947, esta será a 33ª vez em 113 edições que ambos decidirão o vencedor da competição.
Os estaduais também pagam pouco durante suas partidas. Grande parte dos clubes espera o início do Campeonato Brasileiro, em maio, para poder aumentar suas receitas. Antes disso, as cotas televisivas também são baixas (relembre aqui).
Na Série A, Bahia, Vitória e Sport são os representantes da região, enquanto temos cinco nordestinos na Série B: ABC-RN, CRB-AL, Ceará, Náutico e Santa Cruz. Destes, baianos e pernambucanos sairão de “mãos abanando” ao final dos estaduais.

Fonte: BN Esportes



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