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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

GRUPO SE ACORRENTA EM FRENTE A PRÉDIO DA PREFEITURA POR ASSENTADOS.

Três manifestantes estão acorrentados desde ontem em frente ao prédio onde funciona o escritório da Presidência em São Paulo, na avenida Paulista, região central da cidade, em protesto contra o despejo de cerca de 60 famílias do assentamento Milton Santos, em Americana (SP).
Com cartazes, eles dizem estar em greve de fome e o objetivo do grupo é "impedir um massacre, como aconteceu em Pinheirinho", em referência à ordem para reintegração de posse de uma área em São José dos Campos (SP), no ano passado, que foi marcado pelo confronto entre moradores e policiais.
A manifestação na avenida Paulista acontece paralelemente à invasão do Instituto Lula, localizado na zona sul de São Paulo, que ocorreu na manhã de hoje.
Os manifestantes acorrentados pedem que a presidente Dilma Rousseff decrete a área onde do assentamento Milton Santos como de interesse público.
"Se a Dilma classificou Pinheirinho como uma barbárie, isso vai acontecer também com o Milton Santos, só que agora ela não vai poder lavar as mãos", afirma o manifestante Thomas Rocha, 21, que diz ser um ativista independente.
"Na verdade a presidente pode resolver isso hoje, é uma canetada", diz Pedro Rios, 27, outro manifestante.
Rios afirma que já procurou a assessoria da Presidência, mas que eles "empurraram" a responsabilidade para o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Em nota divulgada hoje, o instituto afirmou que "vem tomando todas as medidas judiciais pertinentes para comprovar que o domínio do imóvel é público, com o objetivo de suspender a reintegração de posse".
Os três manifestantes estão acorrentados juntos e dizem apenas estar bebendo água. Durante o dia, eles usam o banheiro da próprio escritório da Presidência e à noite dependem da solidariedade dos comerciantes das redondezas.
Angélica Farah, 50, também acorrentada, afirma que eles não têm ligação com o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e que fazem o protesto de forma "autônoma".
MILTON SANTOS
Os moradores do assentamento foram notificados por um oficial de Justiça a desocuparem a área até o dia 30 deste mês. O Incra também já foi notificado sobre a medida.
Nesta quarta-feira (23), cerca de cem assentados invadiram o Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul de São Paulo.
Segundo representantes do assentamento, o grupo quer fazer com que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceda por eles junto à presidente Dilma Rousseff para que assine um decreto de desapropriação por interesse social para a área.
Eles pretendem ficar no local até que a solicitação seja atendida. Os manifestantes ocuparam a sede do instituto de maneira pacífica. O grupo negociou a entrada com o caseiro que estava no prédio.

Fonte: Natália Peixoto/Folha de São Paulo

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