Segundo a prefeitura, a clínica não tem licença para atendimento médico, e mais de um mês depois da cirurgia Eliete está em casa, com sequelas neurológicas graves, sem se mexer, falar ou enxergar, dependente de traqueostomia e cuidados constantes da família.
Ela foi internada em 14 de novembro, às 6h30, para os procedimentos, que custaram mais de R$ 25 mil pagos em consórcio ao longo de cinco anos.
Registros da própria clínica apontam que a anestesia começou às 7h30 e a cirurgia transcorreu até 12h15, quando Eliete sofreu uma parada cardíaca; reanimada em cerca de cinco minutos, teve a cirurgia concluída às 13h30 e só então foi chamada uma UTI móvel para transferi-la a um hospital particular, com a família sendo avisada apenas por volta das 15h.
A irmã relatou à polícia que o cirurgião mencionou duas paradas cardíacas, enquanto o prontuário da clínica fala em apenas uma, criando divergências que agora são apuradas no inquérito.
Depois disso, Eliete passou por internação longa, cirurgia no cérebro e complicações pulmonares, e hoje um relatório médico indica que a reversão das sequelas neurológicas é improvável no curto e médio prazo.
A família denuncia ainda falta de suporte do Hospital da Plástica, dizendo não receber assistência médica, home care ou qualquer acompanhamento, apesar do quadro gravíssimo e dos custos diários com remédios, fraldas e insumos.
Em nota, a clínica se limitou a alegar sigilo profissional e a Lei Geral de Proteção de Dados, sem comentar detalhes do caso, enquanto a Polícia Civil segue ouvindo envolvidos para definir responsabilidades criminais e administrativas.
Fonte: Bacci Notícias/Allan Multidimensional
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