Internações dessa faixa etária mais que dobraram, e especialistas alertam para riscos ligados ao estilo de vida acelerado
Especialistas afirmam que o sentimento de invulnerabilidade dos jovens atrasa a busca por ajuda médica, enquanto o estilo de vida contemporâneo intensifica riscos silenciosos. “Sedentarismo, privação de sono e drogas estimulantes aceleraram o surgimento de fatores de risco”, explica Leonardo Demambre Abreu, médico de Família e Comunidade. Já o cardiologista Leonardo Severino destaca elementos específicos. “O uso crescente de anabolizantes, além de cocaína e crack, tem aumentado muito os casos de infarto entre jovens”.
Sintomas mais frequentes
Dor no peito durante esforço ou estresse; Falta de ar repentina; Cansaço incomum ao realizar atividades rotineiras; Náusea e suor frio; Tontura ou desmaio e Palpitações
“Em jovens, os sintomas podem ser mais leves e confundidos com ansiedade, refluxo ou dor muscular”, diz Leonardo Severino
Grupos com maior risco; Têm histórico familiar de infarto precoce; Fazem uso de anabolizantes; Utilizam cocaína, crack ou estimulantes; Fumam (cigarro ou vape); Dormem pouco; Consomem ultraprocessados com frequência; Estão sedentários; Utilizam anticoncepcional associado ao cigarro e Genética x estilo de vida.
O Dr. Leonardo Severino afirma que é “certamente uma mistura”, destacando que a predisposição genética é mais grave quando há histórico de infarto antes dos 60 anos em homens ou 65 em mulheres. “É a combinação. A genética aumenta a vulnerabilidade, mas o estilo de vida é o principal gatilho”, acrescenta Leonardo Demambre.
Fonte: Giovanna Kunz/Correio Braziliense
Foto: Freepik
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