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sexta-feira, 19 de abril de 2019

JOVEM DE 19 ANOS DENUNCIA ABUSO SEXUAL E É QUEIMADA VIVA POR SEU AGRESSOR.

A morte de Nusrat Jahan Rafi, em Bangladesh, foi divulgada nesta sexta pela polícia local e causou comoção em todo o país.

Uma estudante de Bangladesh morreu queimada a mando do diretor de sua escola, acusado por ela de abuso sexual, informou a polícia local nesta sexta-feira. 
A morte de Nusrat Jahan Rafi, de 19 anos, que ocorreu na semana passada, provocou protestos em todo o país e levou o governo a prometer uma punição aos responsáveis.
Seus agressores a levaram até o seminário islâmico onde ela era aluna e pediram que ela retirasse as acusações que havia feito à polícia. Diante da negativa, cobriram a jovem de querosene, e ela foi queimada viva.
A polícia explicou nesta sexta que uma das 17 pessoas detidas por envolvimento no caso acusou o diretor da escola de ordenar o ataque.
O diretor "disse a eles que pressionassem Rafi para que ela retirasse as denúncias ou ela seria morta caso se negasse", explicou à AFP o superintendente da polícia Mohammad Iqbal, que conduz a investigação.
Em março, Rafi foi até a polícia para denunciar os abusos sexuais, e um vídeo mostra o momento em que a autoridade policial que registrava a queixa desdenhava do relato dela, considerando de "pouca importância".
"O plano era transformar o incidente em suicídio. Porém, tudo deu errado quando Rafi conseguiu descer pelas escadas do seminário enquanto estava coberta pelas chamas, porque o pano queimou, deixando suas mãos e pés livres", explicou Iqbal.
"O plano era transformar o incidente em suicídio. Porém, tudo deu errado quando Rafi conseguiu descer pelas escadas do seminário enquanto estava coberta pelas chamas, porque o pano queimou, deixando suas mãos e pés livres", explicou Iqbal.
Rafi sofreu queimaduras em 80% de seu corpo e morreu no hospital em 10 de abril. Porém, antes de sua morte, conseguiu gravar um vídeo repetindo suas acusações contra o diretor.
"Ele me abusou, e lutarei contra este crime até meu último suspiro", disse. Além dessa declaração, ela conseguiu identificar alguns de seus agressores.
O crime causou comoção em Bangladesh, e a primeira-ministra, Sheikh Hasina, prometeu que "nenhum dos culpados se livrará das acusações legais".
Os grupos de defesa dos direitos humanos dizem que os casos de violação e agressão sexual aumentaram no país, uma vez que as autoridades não dão prosseguimento às investigações dos agressores.
"O escandaloso assassinato de uma mulher valente que buscou justiça mostra o quanto que o governo de Bangladesh vem falhado com as vítimas de agressores sexuais", disse em um comunicado Meenakshi Ganguly, do Human Rights Watch. A morte de Rafi "realça a necessidade do governo de Bangladesh levar a sério as vítimas de violência sexual, garantindo que possam procurar um recurso legal e proteção de represálias", acrescentou.

Fonte: AFP/O Globo
Foto: Sazzad Hossain/AFP

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