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terça-feira, 2 de abril de 2019

BOLSONARO AFIRMA QUE NAZISMO, "SEM DÚVIDAS" É DE ESQUERDA.

Na saída do Museu do Holocausto, presidente adere à tese de seu chanceler, Ernesto Araújo, considerada um absurdo por estudiosos alemães.

O presidente Jair Bolsonaro aderiu à exótica tese de seu chanceler, Ernesto Araújo, e afirmou em Jerusalém que o nazismo, “sem dúvidas”, foi um movimento de esquerda. “O nome não é Partido Nacional Socialista?”, rebateu a uma pergunta da imprensa, referindo-se ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, de Adolf Hitler.
Bolsonaro deu essa declaração logo no fim de sua visita ao Museu do Holocausto de Jerusalém, o Yad Vashem. O museu, porém, não faz a mesma leitura do presidente e do chanceler brasileiros. “O Partido Nazista foi a consequência de um pequeno círculo extremamente antissemita e de direita que começou a se reunir em novembro de 1918”, informa em seu portal na internet.
À noite, questionado novamente no hotel em que está hospedado se discordava da versão do Museu do Holocausto, Bolsonaro se irritou com a imprensa. “Olha, para com isso. Nós estamos fora do Brasil. Foi uma pauta positiva. Eu quero tratar vocês com o respeito que vocês merecem. Essas perguntas menores é pra dar manchetes negativas em jornais. Não vou responder isso aí, no Brasil eu respondo pra vocês. Aqui a pauta foi positiva.”
A tese, entretanto, voltou a ser defendida minutos depois por Araújo, que já a havia mencionado em em seu blog, Metapolítica 17, e em entrevista para o portal de direita Brasil Paralelo. Para ele, seu estudo sobre o tema é mais profundo do que as “classificações muito superficiais” do nazismo como um movimento de extrema direita.
“Tem que se avaliar o conteúdo, o que se entende por totalitarismo, o que se entende por extrema direita, por extrema esquerda ao longo da história”, disse. “Muitas vezes, uma associação do nazismo com a direita foi usada para denegrir movimentos e linhas de pensamento de direita que não têm nada a ver com o nazismo.”
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, não se manifestou. Mas defendeu a mesma tese em alguns de seus posts nas redes sociais entre 2015 e 2017.
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Júlia Braun/Veja
Foto: Júlia Braun/Veja

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