Todos os municípios do Brasil escolherão seus próximos prefeitos e vereadores, no dia 04 de outubro de 2020.
Aos olhos de muitos, está longe. Já outros observam que o tempo está voando e daqui a pouco, estaremos no ano eleitoral.
Independe do que imaginam. O que verdadeiramente interessa, é que vai chegar o tempo das mobilizações políticas. As partidárias já estão em voga.
Em Santa Cruz, município encravado no sertão paraibano, a fase de aproximações e distanciamentos políticos, já começaram. E a maior novidade, que já não é tão novidade assim, é o rompimento do prefeito Paulo César e seu tio e ex-prefeito e advogado Raimundo Antunes.
Três vertentes são analisadas pela população.
Em um "front", o prefeito Paulo César, após a separação do ex-gestor, que o apoiou em 2016, ganhou aliados de peso. Comerciantes, lideranças políticas e comunitárias,parece que aguardavam ansiosas o rompimento, para celebrar a aliança com o administrador municipal. Fortalecido, Paulo César caminha para uma luta nas urnas, que já teve seu primeiro round, em 2018, quando derrotou por meio de "nocaute", o então candidato a deputado federal apoiado pelo tio, fazendo majoritário Wellington Roberto.
De uma banda, o ex-prefeito tem uma "arma" poderosa em mãos. O filho e também advogado, Adolpho Emanoel tem um carisma natural e é muito próximo a juventude da cidade. Uma "carta na manga" que pode ser o xeque-mate para 2020. Entretanto, o advogado disse ao blog via whatsapp, no começo deste ano, que não tem nenhum interesse em disputar o pleito vindouro.
Mas o que avalia-se é até onde vai a ruptura do prefeito Paulo César e do ex, Raimundo Antunes. São sangue do mesmo sangue. Será que um vendo o outro em declínio político, cruzará os braços? Ou os laços familiares poderão falar mais alto?
Na verdade, nós que vivenciamos a política por anos, já presenciamos água e óleo se unirem. Já vimos os opostos se atraírem e já fomos testemunhas de alianças antes inimagináveis, darem-se os braços.
Isso quer dizer que tudo é possível, quando o assunto é política. A política é dinâmica, volúvel, rotativa e por aí vai. Como já dito centenas e centenas de vezes, de onde menos se espera, é de onde mais sai.
Mas, em síntese, hoje, a possibilidade de recolherem-se os cacos e emendar o que foi quebrado, é a mesma de um elefante passar pelo fundo de uma agulha. Afinal, cristal quebrado não cola jamais...
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