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domingo, 24 de março de 2019

A HISTÓRIA DO PASTOR ISIDÓRIO: EX-GAY E DEPUTADO MAIS VOTADO DA BAHIA.

Parlamentar acha possível curar homossexuais com a pregação da Bíblia e quer criar o Dia do Hétero.

Ser gay é um pecado, acredita Pastor Sargento Isidório, eleito deputado federal em 2018 pelo Avante. Segundo sua interpretação da Bíblia, a homossexualidade é uma transgressão tão grave quanto roubar ou matar. A razão, ele explicou: “O pior pecado é a negação da espécie, porque homem com mulher vem filho. Homem com homem não vem nada”. Frases como essas são proferidas pelo deputado — o mais votado da Bahia, com 323 mil votos — sem qualquer lustre politicamente correto, seja em suas lives no Facebook, em suas pregações (ele é pastor da Assembleia de Deus) ou em seus discursos no plenário da Câmara. Um de seus projetos, apresentados nos primeiros dois meses de mandato, é a criação do “Dia do Hétero”, no intuito de fazer frente à tendência que avalia existir no mundo de premiar o indivíduo que é homossexual. Isidório se autoproclama ex-gay e prega que a homossexualidade é uma escolha — e que se dá por três vias: pelo que ele chama de “safadeza”, que significaria ceder aos desejos sexuais mais “profanos”; pelo estímulo da “mídia”; ou porque pais e mães, no período da gravidez, desejaram um bebê de gênero contrário ao do nascimento do filho. O pastor não diferencia gênero de sexualidade. Ele também defende que a reparação à discriminação histórica de minorias não seja concentrada apenas nos gays. “Os negros, por exemplo, ainda não têm reparação. Negro não escolhe ser negro. Já a questão sexual é uma escolha”, arrematou o deputado.
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Fonte: Ana Clara Costa/Época
Foto: Lucas Seixas/Agência O Globo

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