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domingo, 10 de fevereiro de 2013

"ACREDITO QUE ROSALBA VAI ULTRAPASSAR O ÍNDICE DA PREFEITA DE NATAL", DECLARA FÁBIO FARIA.

O deputado federal Fábio Faria (PSD) foi eleito na semana que passou o segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados. Com esse cargo, ele tem as funções de corregedor da Casa. Nesta entrevista, ele aborda esta conquista e a situação política do Rio Grande do Norte.

A quê o senhor credita essa conquista de segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados?
Primeiramente, à força do nosso partido, o PSD, que é um dos mais jovens do Congresso Nacional e está conquistando espaço na mesa diretora como a terceira legenda de maior representatividade na Câmara dos Deputados. Conquistando o espaço que merece, passando a participar ativamente de todas as decisões da Casa.

Como o senhor pode ajudar o Rio Grande do Norte nessa nova função?
O Rio Grande do Norte é um dos estados com menor número de deputados federais e o mais bem representado na Câmara, com o presidente, deputado Henrique Eduardo Alves, e conosco na segunda vice. Nosso Estado foi respeitado na eleição desta nova mesa e teremos melhores condições de lutar pelos pleitos dos municípios potiguares. Como um dos vice-presidentes da Casa, temos voz nos debates sobre as políticas públicas que serão implementadas, vamos defender enfaticamente investimentos para os municípios, a liberação de emendas parlamentares, a priorização de projetos de interesse do nosso Estado.

O senhor foi eleito pelo PMN e migrou para o PSD. O que mudou no seu potencial político nas questões internas da Câmara desde então?
O PSD é um partido que já nasceu grande, nasceu forte, impondo à Casa uma consideração especial pela sua representatividade, tanto quantitativa quanto qualitativa. A partir deste biênio, teremos direito, além da vaga de segundo vice-presidente, à presidência de duas comissões. E essa é a prova do reconhecimento à nossa legenda. Nossa migração do PMN, do qual fui líder por duas ocasiões, para o PSD, sem ter mudado nossas premissas políticas, nos permitiu vivenciar uma atuação parlamentar bem mais significativa. Inclusive pela minha posição de primeiro vice-líder do novo partido com mais de 50 deputados. As discussões dentro da bancada são mais consistentes, as matérias debatidas amplamente antes da votação em Plenário. O PSD já chega para as votações com uma posição muito bem definida e sólida.

Nesses dois mandatos, o que o senhor destaca de mais importante em sua atuação parlamentar?
Sempre tive atuação destacada nas áreas do turismo e do esporte, sendo membro titular da Comissão de Turismo e Desporto nos últimos seis anos (cada deputado só pode participar de uma Comissão Permanente). E nossa defesa de políticas públicas de combate às drogas, especialmente ao crack, também foi muito enfática nesse período, com a realização de seminários em todos os estados, a participação na Comissão Especial de Combate às Drogas, e em debates com órgãos do governo federal para a implementação de projetos que visam a prevenção, atendimento aos usuários e combate ao tráfico. Mas o trabalho do parlamentar, especialmente como vice-líder de um grande partido como o PSD, exige muita dedicação à análise das matérias que tramitam na Casa, tanto nas comissões quanto em Plenário.

Vindo para a política local. Qual a sua avaliação do Governo Rosalba Ciarlini?
Minha avaliação é a mesma de cada cidadão do Rio Grande do Norte. O governo não tem planejamento e não tem nenhuma condição de governar um Estado que vai receber a Copa do Mundo, é promissor e vem despontando pela sua localização geográfica, população e sua história. Mas o governo não consegue pegar um gancho que alavanque o nosso Estado. É uma pena. Viemos de uma prefeita que foi daquela forma. Agora temos uma governadora que é a pior avaliada do país. Acredito que Rosalba vai ultrapassar o índice da prefeita de Natal. A prefeita saiu com um índice histórico de 95% de desaprovação. Rosalba já está com 86% na capital com apenas dois anos de governo. Isso é um fato para ser estudado.

O senhor foi convidado a colaborar com o governo com emendas alguma vez desde que DEM e PSD romperam?
Todos os anos tenho destinado emendas individuais e também indicado minha emenda de bancada para a Universidade do Estado do RN - Uern. Não é um pleito da governadora, nem do governo, é um pleito da educação do Rio Grande do Norte que faço questão de atender. A nossa Universidade tem quase 50 anos e é um importante instrumento de formação profissionais da população estadual. No ano passado, conseguimos empenhar emenda de minha autoria que permitirá a implantação de um novo campus da Uern na cidade de Apodi. Um investimento da mais alta importância para toda a região do Vale do Apodi, que todos os dias envia centenas de estudantes para cursar o ensino superior em Mossoró.

Como o senhor analisa a posição do presidente da Câmara Municipal, Francisco José Júnior, que migrou para a base aliada do DEM?
Eu não conversei ainda com o presidente. Eu entendo que ele fez uma composição multipartidária, fazendo com que ele fosse eleito presidente da Câmara assim como Henrique que foi eleito presidente com o apoio do PSDB, do DEM e outros partidos. Fiquei de conversar com ele a respeito. Acho que a posição dele em relação a Mossoró é de que forma for uma outra no Estado é diferente.É isso que iremos aguardar. Quero ouvir o presidente, que já votou em mim duas vezes. Temos um amizade muito grande, respeito, compreensão, então nos próximos dias estaremos marcando uma boa conversa.

Para 2014, o seu pai (o vice-governador Robinson Faria) é cotado para disputar o governo do Estado. Em que estágio está as articulações?
Estamos num estágio inicial. A campanha de 2012 terminou. O momento é de movimentações, é hora de conversar com as bases, formar alianças, se apresentar ao povo do Estado porque a eleição para governador é circunstâncias. É preciso estar disciplinado para percorrer o Rio Grande do Norte. Ele é o único nome entre os cotados que nunca disputou a eleição majoritária, portanto, é o mais desconhecido entre eles. Eu vejo que ele está no rumo certo, mas ainda tem muitas articulações e outras coisas que não estão definidas.

Se o PMDB chegar para a oposição e quiser impor a indicação do candidato ao governo. Como o senhor avaliaria isso?
Não existe imposição em política. Dessa forma ninguém constrói nada. O nome imposto a população não aceita. Isso já aconteceu em Natal em eleições anteriores, já aconteceu no Estado. A classe política já teve uma aula sobre isso. Nenhum pode deixar de ser cogitado, mas também não pode ter o nome imposto de cima para baixo que aí pode até ser que o grupo acate, mas a população não acate. Não acredito nessa imposição até pelo amadurecimento do PMDB.

O senhor disputará a reeleição em 2014?
Sou deputado federal e quero continuar deputado federal. Tenho dezenas de projetos tramitando na Câmara e busco a aprovação destes e a apresentação de muitos outros que venham a garantir a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Acredito que estamos conseguindo cumprir o nosso papel com honra e muita responsabilidade.

Bruno Barreto - Editor de Política/ O Mossoroense

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