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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CID GOMES AFIRMA QUE ELE E IRMÃO PODEM DEIXAR O PSB SE HOUVER UMA "DECISÃO NÃO DEMOCRÁTICA".

Governador do Ceará diz que continua com Dilma, critica Eduardo Campos, e ganha pacote de bondades

O governador do Ceará, Cid Gomes, uma das poucas vozes no partido comandado por Eduardo Campos, PSB, que não apoia a tese de candidatura própria para a disputa presidencial, recebeu nesta terça-feira muitos afagos da presidente Dilma Rousseff, que teme a saída do partido da base aliada e um enfrentamento com o governador pernambucano em 2014. Recebido em audiência no Palácio do Planalto, que durou cerca de duas horas, Cid Gomes deixou Brasília com a promessa de visita da presidente no dia 21 de março para a inauguração de uma barragem; com sinal verde para tocar a construção de uma refinaria de petróleo com parceiros estrangeiros e com a garantia que o Centro Olímpico do Nordeste será no Ceará.
O pacote de bondades do Palácio do Planalto é oferecido no momento em que Cid, como seu irmão Ciro Gomes, reafirma seu apoio à reeleição de Dilma e faz reiteradas críticas à possibilidade de candidatura presidencial de Eduardo Campos. O governo investe em um racha no PSB para tentar enfraquecer as pretensões eleitorais do pernambucano. Antes de ir para a audiência com a presidente Dilma, Cid Gomes disse ao GLOBO que ele e o irmão poderão deixar o PSB se houver uma “decisão não democrática” do partido em favor da candidatura própria, e sugeriu que se Eduardo Campos quer mesmo levar adiante seu projeto, o PSB tem que sair já do governo Dilma.
— Sou forçado a pensar sobre isso. Se for uma decisão democrática, tomada por todo o partido de forma majoritária, sem imposição, é uma coisa; se não, eu me sinto obrigado a deixar o partido — pontuou. — Não é que eu seja contra a candidatura dele, mas nós participamos do projeto de eleição da presidente Dilma. Por que motivo o deixaríamos agora? Acho que essa decisão tem que ser tomada agora, ou deveria ter sido tomada até há mais tempo. Não acho que essa seja a conduta correta, não podemos pensar em candidatura própria com essas incoerências. Pode parecer oportunismo, porque dá a impressão de que vamos ficando enquanto as coisas estão dando certo e, se na última hora derem errado, nós saímos. Temos que fazer isso à luz do dia.

Fonte: Júnia Gama/O Globo
Foto: Agência O Globo/Gustavo Miranda

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