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domingo, 20 de janeiro de 2013

EDUARDO REFORÇA O PERFIL ESFINGE.

Na base do morde e assopra, governador ao mesmo tempo se coloca como aliado mas lança críticas ao PT, sem dar certeza a governo e oposição dos seus planos à sucessão de Dilma.

Ele é aliado, mas passou a adotar uma postura de independência em relação ao governo federal. Age como se a candidatura presidencial, em 2014, fosse uma possibilidade real em seu futuro político, mas faz questão de negá-la publicamente. Também não a descarta. Elogia a presidente Dilma Rousseff (PT), diz que quer ajudá-la a “vencer 2013”, mas tornou-se um porta-voz voluntário das dificuldades que caem sobre e economia do País, enquanto os ministros suam para transmitir uma mensagem otimista do quadro financeiro. É assim, numa espécie de jogo duplo, que o governador Eduardo Campos (PSB) tem conseguido se descolar do Planalto e projetar seu nome nacionalmente, sem afastar-se, no entanto, da base do governo.
E ele enxergou na economia um terreno fértil para semear essa estratégia. Desde que o crescimento do PSB foi consagrado nas últimas eleições municipais, Eduardo Campos não abre mão de fazer considerações públicas sobre o setor. Já disse que o País, “apesar dos esforços da presidente”, cresceu abaixo da média nos últimos dois anos. Criticou também a política de estímulo ao consumo a partir das desonerações promovidas em determinados setores – como o automobilístico –, que terminaram por penalizar Estados e municípios, e encabeça o debate sobre a remodelação do chamado “Pacto Federativo”.
“Quem puxa a política é a locomotiva econômica. Sem gás e combustível, ela descarrilha. Ele identificou esse cenário de PIB pequeno somado às dificuldades econômicas nos Estados e municípios, que vivem uma situação injusta, e começou a focar nessa questão”, observa o analista político e professor da Universidade de São Paulo (USP) Gaudêncio Torquato. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em dezembro do ano passado, o governador foi além da economia e tocou numa das principais bandeiras dos governos não só de Dilma, como também de Lula: as políticas sociais. “São da agenda do século XX. Transformaram-se em programas enormes porque o fosso social que se criou no País levou a isso, mas não podemos achar que é a agenda do século XXI”, alertou o socialista, na ocasião.

Fonte: Débora Duque/Jornal do Commércio PE

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