O Ministério da Cultura divulgou no Instagram no sábado, 15, um vídeo defendendo a Lei Rouanet como “um dos principais mecanismos para fomentar a cultura no Brasil“.
No meio do vídeo, a ministra Margareth Menezes faz propaganda de si mesma, fazendo uma selfie com pessoas (foto) e mostrando ela própria fazendo um discurso.
Hino nacional com chorinho
Esta não é a primeira vez que Margareth, que é cantora, usa seu posto de ministra para autopromoção.
Em janeiro de 2024, ela cantou o hino nacional com uma banda de chorinho em um evento para lembrar os Atos de 8 de janeiro.
O Ministério da Cultural divulgou a cantoria na conta oficial no X, marcando a conta @MagaAfroPop.
A conta @MagaAfroPop no X é uma conta privada da artista, que existe desde 2010, quando ela nem pensava em ser ministra.
O texto de apresentação afirma: “Twitter oficial da cantora, compositora e ministra da Cultura Margareth Menezes“.
Um link na página leva para um site da cantora, em que está a sua agenda de shows, vídeos em que canta músicas e sua página no Spotify.
Impessoalidade
Ao usar um cargo público para se promover como cantora, Margareth vai contra o artigo 37 da Constituição, que fala sobre impessoalidade.
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência“, diz o texto da Carta Maior.
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos“, afirma a Constituição.
Uso da máquina pública
Margareth também está sendo criticada por ter criado comitês de cultura em todos os estados.
Os órgãos foram foram aparelhados por pessoas do PT, da esquerda e próximas de funcionários do Ministério.
Esses comitês aprovaram recursos para ONGs e fundações que também tinham pessoas ligadas aos funcionários e à esquerda.
Uma reportagem do jornal Estadão revelou áudios mostrando que as verbas podem ter sido usadas para promover candidatos nas eleições municipais aliados ao governo federal.
Margareth também realizou shows durante o Carnaval deste ano, com cachês pagos por prefeituras e pelo governo da Bahia.
Fonte: Duda Teixeira/O Antagonista
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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