Preso sob suspeita de planejar a morte do presidente Lula, o general Mário Fernandes foi assessor de Pazuello e ocupava cargo privilegiado
Mário Fernandes foi nomeado em março de 2023 para um “cargo de natureza especial” no gabinete de Pazuello. A função, com código CNE 09, só pode ser ocupada por pessoas com nível superior completo. O salário é de R$ 15,6 mil, o segundo maior vencimento do tipo na Casa.
O general permaneceu no cargo até março deste ano, quando foi exonerado por determinação da liderança do PL na Câmara. Citado no inquérito que investiga Bolsonaro, ex-ministros e oficiais das Forças Armadas por planejar um golpe de Estado para impedir a posse de Lula, Fernandes havia sido proibido por Alexandre de Moraes de ocupar cargos públicos.
Além do general, a Operação Contragolpe, da PF, prendeu o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Os militares presos fazem parte dos chamados “kids pretos”, termo utilizado como apelido para se referir aos militares da ativa ou não que se especializam em operações especiais do Exército, com foco nas ações de sabotagem e incentivo em revoltas populares ou “insurgência popular”, que não chegam a se transformar em guerra civil.
“As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE)”, diz a PF.
Fonte: Augusto Tenório e Petrônio Viana/Metrópoles
Foto: Reprodução
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