Delegado da Polícia Civil do Amazonas e mais dois agentes públicos são alvo de investigação da Polícia Federal que apura corrupção e lavagem de dinheiro. Os suspeitos teriam vendido madeira e minérios apreendidos
Os fatos investigados ocorreram entre 2021 e 2022. O Delegado que foi preso na operação desta quinta-feira, atualmente estava lotado em Manaus.
Para realizar a fraude, o delegado contava com a ajuda do secretário de Obras e de um advogado. Os envolvidos aproveitavam as posições de confiança para desviar e comercializar bens apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal e que eram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil em Humaitá.
Em uma das ações criminosas, os agentes públicos pediam propina aos proprietários dos carregamentos apreendidos, através do advogado alvo da operação. Os proprietários faziam o pagamento da propina, e parte do dinheiro era destinado ao Delegado de Polícia investigado. Além disso, os envolvidos engavam o Ministério Público e o Poder Judiciário, simulando a destinação das apreensões à Secretaria Municipal de Obras em Humaitá, com a ajuda do com o secretário da pasta.
Os criminosos também usavam empresas de fachada para ocultar a origem dos valores ilícitos. O esquema gerou prejuízos significativos ao patrimônio público e ao meio ambiente.
Na Operação Triunvirato, deflagrada nesta quinta-feira (21/11), foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva além da determinação de sequestro de bens, que totalizam aproximadamente R$ 10 milhões As ações ocorreram simultaneamente em Manaus, Itacoatiara (AM) e Humaitá (AM), para colher provas e desarticular o grupo criminoso.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com penas que poderão chegar a 34 anos de reclusão.
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (21/11) a Operação Triunvirato, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso envolvendo a venda ilegal de bens apreendidos, como madeira e cassiterita, além de pagamento de propina e lavagem de dinheiro no município de Humaitá.
Fonte: Jaqueline Fonseca/Correio Braziliense
Foto: Divulgação PF/RO
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