Diretor-geral fala em 'tsunami' de novos casos. Monitoramento da organização aponta crescimento de 11% nos casos da doença na última semana em relação à anterior – foram quase 5 milhões de novas infecções.
"No momento, [as variantes] delta e ômicron são ameaças gêmeas que estão levando casos a números recordes, o que novamente está levando a picos de hospitalizações e mortes por Covid-19", disse Tedros.
Em um boletim publicado na terça-feira (28), o monitoramento da OMS aponta que, na última semana – de 20 a 26 de dezembro –, houve um aumento de 11% nos registros de novos casos de Covid em relação à semana anterior. Quase 5 milhões de novas infecções foram registradas (veja detalhes mais abaixo).
"Estou muito preocupado que, a ômicron sendo mais transmissível, circulando ao mesmo tempo em que a delta, está levando a um tsunami de casos de Covid-19", afirmou o diretor-geral.
"A ômicron está se movendo tão rapidamente que, além da vacinação, medidas sociais de saúde pública também são necessárias para conter a onda de infecção pela Covid-19, proteger os trabalhadores e sistemas de saúde, abrir sociedades e manter as crianças na escola", acrescentou.
Aumento de casos
O mundo tem visto um aumento gradual de novos casos da doença desde outubro, segundo a OMS.
Na última semana, o maior aumento percentual em novos casos ocorreu nas Américas, com um aumento de 39% em relação à semana anterior. Em números absolutos, houve 1,4 milhão de novas infecções: quase 1,2 milhão ocorreram nos Estados Unidos, 80 mil foram vistas no Canadá e quase 66 mil na Argentina.
Na Europa, foram registrados 2,8 milhões de novos casos na semana, com 611 mil no Reino Unido, 504 mil na França e 257 mil na Itália.
"Rápidos aumentos na incidência de casos são vistos em vários países, incluindo aqueles onde a variante se tornou dominante, como o Reino Unido e os Estados Unidos da América. A rápida taxa de crescimento é provavelmente uma combinação de evasão imunológica e aumento da transmissibilidade intrínseca da variante ômicron", pontua a OMS no boletim.
A maior parte das novas mortes registradas ocorreu na Rússia, com 7 mil novos óbitos, seguida da Polônia, com 2,8 mil, e da Alemanha, com 2,1 mil.
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Fonte: G1
Foto: Laurent Gillieron/Pool via Reuters/Arquivp
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