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domingo, 30 de janeiro de 2022

QUEIROGA: "QUERO QUE A HISTÓRIA ME DEFINA COMO O HOMEM QUE ACABOU COM A PANDEMIA"

Em entrevista ao GLOBO, ministro da Saúde diz que estuda a aplicação da quarta dose e afirma que o país atingirá o pico de infecção da variante Ômicron nas próximas três semanas, mas minimiza a chance de haver colapso nos hospitais.

No gabinete do ministro da Saúde, dois retratos chamam a atenção: de um lado da sala, está um quadro de Carlos Chagas, um dos pesquisadores mais renomados da história do Brasil, e do outro, uma foto de Jair Bolsonaro dando um abraço em Marcelo Queiroga. A decoração ilustra como o cardiologista paraibano tenta conviver com lados opostos, entre cientistas que referendam a vacina e o presidente que defende medicamentos cuja ineficácia está comprovada. Ao se equilibrar entre um grupo e outro, Queiroga permanece sentado numa cadeira espinhosa há mais de dez meses, superando a gestão do general Eduardo Pazuello. O seu desejo, segundo ele, é entrar para a história como o “homem que acabou com a pandemia da Covid-19”. No Brasil, mais de 626 mil pessoas morreram infectadas pelo coronavírus.

Em entrevista ao GLOBO, o quarto ministro da Saúde do governo Bolsonaro reafirma a ineficácia da hidroxocloroquina para a Covid-19, um tema que semeia discórdia na pasta, e projeta o pico de casos da variante Ômicron nas próximas três semanas, mas minimiza a chance de o país reviver um colapso do sistema. Queiroga ainda diz que há estudos em andamento sobre a possibilidade de incluir a aplicação da quarta dose e a vacinação infantil no Programa Nacional de Imunizações (PNI). A seguir, os principais trechos da entrevista.

O senhor completará em março um ano à frente do Ministério da Saúde. Qual foi o momento mais difícil em sua gestão?

Eu diria que o pico da variante Gama, com 4.000 pessoas falecendo por dia. Isso é algo que, para nós, como médicos, lamentamos profundamente todos os óbitos, mais de 600 mil, uma emergência sanitária de importância internacional. Agora, particularmente, foi muito difícil para mim quando tivemos a notícia de uma perda de uma gestante. O Brasil colocou as gestantes de maneira pioneira na campanha nacional de imunização política de vacinação.  

Houve algum momento em que o senhor pensou em desistir?  

Não, nunca pensei. Nesta semana, eu fui falar com o Ciro (Nogueira, ministro da Casa Civil) e com a Flávia (Arruda, ministra da Secretaria de Governo). Encontrei com o Gilson (Machado Neto, ministro do Turismo), desci para o 3º andar e fui almoçar com o presidente. A notícia: o presidente chama o ministro da Saúde no Planalto. Naturalmente, fui almoçar com o presidente, porque o almoço de lá é melhor que no Ministério da Saúde (risos). O ministro tem que confiar na sua liderança. A liderança é o presidente da República, Jair Bolsonaro. Quem faz o ministro forte é a confiança que o presidente tem nele. Desde o começo, o presidente sempre me apoiou. A questão política é ele que decide, porque ele é o chefe do governo. A minha função é de subsidiar com dados técnicos para que ele tome as melhores decisões.

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Fonte: Renata Mariz, Melissa Duarte e Thiago Bronzatto/O Globo

Foto: Cirstiano Mariz/Agência o Globo

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