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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

RANDOLFE RECHAÇA DEBOCHE DE BOLSONARO E QUEIROGA A HAIA: "NÃO PASSARÃO IMPUNES"

O presidente e o ministro ironizaram as acusações da CPI durante conversa com o secretário da OMS

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice presidente da CPI do Genocídio, reagiu ao vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, debocham das acusações feitas pela comissão diante do secretário-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.

“Marcelo Queiroga e Bolsonaro acham engraçado que mais de 600 mil pessoas tenham morrido sob a gestão DELES”, escreveu Randolfe no Twitter. “Mas é isso aí, ministro! Vamos trabalhar para vocês irem ‘passear’ em Haia. Não se preocupem! Vocês não passarão impunes”, completou.

Durante conversa com Adhanom, a dupla debochou das acusações de genocídio que pesam sobre Bolsonaro e ironizou a acusação apresentada ao Tribunal Penal Internacional (TPI), de Haia.

“Sou o único chefe de Estado do mundo investigado e acusado de genocida. É a política, né…”, disse Bolsonaro ao diretor da OMS. “Eu também. Vou com ele para Haia. Passear lá em Haia”, disse Queiroga.

 A CPI entregou o relatório final ao TPI em razão da ausência de legislação no Brasil para o julgamento de crimes contra a humanidade.

CPI acusou Bolsonaro de 9 crimes

Na terça-feira, o relatório final da CPI, aprovado por 7 votos a 4, solicitou o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas (Precisa Medicamentos e VTC Log). O texto foi entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será enviado ao Tribunal Penal Internacional, de Haia.

Os crimes imputados a Bolsonaro no relatório final da CPI são: crime de epidemia com resultado de morte (até 30 anos de prisão); infração de medidas sanitárias preventivas (até 1 ano de prisão); charlatanismo (até 1 ano de prisão); incitação ao crime (até 6 meses de prisão); falsificação de documento (até 5 anos de prisão); emprego irregular de verba pública (até 3 meses de prisão); prevaricação (até 1 ano de prisão); e crimes contra a humanidade (até 40 anos de prisão).

Há três modalidades de crimes contra a humanidade listadas: extermínio, perseguição e outros atos desumanos. Essa extensa lista de crimes pode levar Bolsonaro a 78 anos e 9 meses de prisão, segundo Randolfe.

Fonte: Revista Forum
Foto: Agência Senado

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