Dois estudos que o 'Estado de São Paulo' traz hoje mostram que o Brasil criou problemas para si mesmo, além dos problemas que o mundo já têm, e terá um dos piores desempenhos em relação ao crescimento e à inflação.
Outro levantamento também do "Estado" mostra que a inflação está acelerando no mundo, mas o Brasil está no grupo das nações com inflação acumulada em 12 meses acima de dois dígitos. Com taxa girando a 10,7%, o país está no time da Argentina, com 51,7% em um ano até setembro, e da Turquia, com 19,6%, no mesmo período. Os Estados Unidos registram inflação anualizada de 6,2%, a maior alta em 30 anos. Apenas a China, que teve uma inflação alta no ano passado, está conseguindo controlar.
O mercado financeiro já elevou "oficialmente" as estimativas para a inflação ao final deste ano para o patamar de 10,12%, na 33ª revisão consecutiva para cima. Para o término de 2022, a estimativa avançou de 4,79% para 4,96%. É o que mostra o Boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC).
O choque - que são fatos inesperados que impactam a economia e provocam efeitos sequenciais- veio da Covid e problemas nas cadeias produtivas, principalmente na indústria. No Brasil, teve crise hídrica, que aumentou muito as contas de luz, e a insegurança nas contas públicas.
Também em entrevista ao jornal, a economista Silvia Matos, do IBRE/FGV, diz que o Brasil paga o custo do populismo. O governo deveria ter pensado num programa de auxílio aos informais, impactados com as restrições no ápice da pandemia. O Auxílio emergencial foi feito sem nenhum critério, e muitas pessoas que não precisavam receberam o benefício.
E depois disso, tinha que ter formulado um programa de assistência, e agora vemos uma sucessão de improvisos. E agora a própria equipe econômica está furando o teto.
Fonte: Míriam Leitão
Foto: Reprodução
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