MP-SP pediu à Polícia Civil que apure a denúncia de crime de racismo envolvendo o morador do condomínio
Um homem chamado Ivan Zacharauskas foi acusado de racismo em um condomínio de luxo, em Campinas (SP), após se referir ao local em que os funcionários do condomínio ficavam como "senzala". O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu à Polícia Civil que apure a denúncia.
Durante uma assembleia no condomínio, o morador teria dito que a maioria dos funcionários era de "negros e pardos" e que a casa de apoio usada por eles se parecia com uma "senzala". O caso chegou ao MP-SP por meio de uma denúncia anônima.
O caso ocorreu no último dia 28, quando os moradores discutiam em assembleia algumas propostas para o condomínio, entre elas, a criação de uma quadra de tênis de praia, um minimercado e um espaço pet.
Na ocasião, Ivan, que mora no condomínio, discordou das prioridades que estavam sendo dadas na reunião e, neste momento, disparou as ofensas contra os funcionários.
Em entrevista ao portal UOL, Ivan citou que enviou uma carta aos moradores, funcionários, conselhos e à administração, alegando que os trechos da ata "estão incompletos". "Não estão condizentes com minha fala completa, que foi omitida na referida ata, por omissão, intencional ou não, ou por desatenção", afirmou.
Ele ainda confirmou que mencionou que a maioria dos funcionários do condomínio é composta por pessoas negras e pardas, o que seria "um fato", mas que sua declaração não tem cunho racista.
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"Em tempos nos quais crimes de racismo, homofobia, transfobia, feminicídio, entre tantos outros hediondos, aparecem todos os dias nos jornais, fiz a comparação do estado da referida casa a uma senzala, em simples crítica ao próprio condomínio e sua administração por não realizar manutenções na mesma", diz um trecho da carta que o Uol teve acesso.
No total, o condomínio tem 38 funcionários, que usam a casa de apoio para tomar banho, descansar e almoçar.
Fonte: Último Segundo
Foto: Reprodução
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