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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

"SE VOCÊ QUER PAZ, SE PREPARE PARA A GUERRA", DIZ BOLSONARO EM EVENTO MILITAR

A menos de uma semana de manifestações do dia 7 de Setembro, presidente voltou a falar sobre armar a população

Às vésperas das manifestações do dia 7 de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) fez um discurso em que novamente falou sobre o armamento à população. Em evento militar no Rio, Bolsonaro disse nesta quarta-feira que "com flores não se ganha a guerra".

— Com flores não se ganha a guerra. Se você fala em armamento... Se você quer paz, se prepare para a guerra — declarou.

Recentemente, o presidente já havia dado declarações à favor de ampliar o acesso às armas para a população. No final de agosto, Bolsonaro disse a apoiadores que "tem que todo mundo comprar fuzil".
— Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz "ah, tem que comprar feijão". Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar — declarou.

A declaração de Bolsonaro hoje foi feita ao final de seu discurso, após entregar uma condecoração "especial", segundo o presidente, ao boxeador Hebert Conceição, que ganhou medalha de ouro na Olimpíada de Tóquio 2021. O atleta foi presenteado com a medalha "Clube Bolsonaro - imorrível, imbrochável e incomível", que o presidente falou que é de "tiragem reduzida".

Bolsonaro participou nesta quarta-feira da entrega das medalhas de mérito Desportivo aos atletas que participaram da última olimpíada. Entre os agraciados estão, além de Hebert, a nadadora Ana Marcela, e os boxeadores Abner Teixeira e Beatriz Ferreira.

Também estavam presentes no evento os ministros Walter Braga Netto, da Defesa, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança, Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência, e João Roma, da Cidadania. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também estava na cerimônia.

Na fala de Bolsonaro, o presidente voltou a criticar os governadores pela implementação das medidas restritivas voltadas à contenção do coronavírus:
— Desde o primeiro dia da pandemia, nunca deixei de estar no meio do povo. Sempre criticado pela mídia, "sem máscara". Mas quem obrigou 38 milhões de trabalhadores informais a ficar dentro de casa, onde a grande maioria desses trabalhadores labutavam de manhã para poder comer à noite — disse Bolsonaro, sem concluir a frase. — Eu tinha que saber como eles sentiam.

Antes disso, Bolsonaro olhou para o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, também presente na cerimônia, e disse:
— Missão difícil é salvar certas almas aqui no Brasil.

Pouco antes da viagem ao Rio, Bolsonaro passou por exames de rotina a pedido do cardiologista Ricardo Camarinha. O médico acompanhou o presidente na viagem.

Fonte: O Globo
Foto: Gabriel de Paiva

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