Com a sabatina de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) empacada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, mantém a esperança de ocupar a vaga.
Aras acredita que tem um trunfo nas mãos: a possibilidade de atuar como bombeiro na tensa relação entre Bolsonaro e o Supremo. O PGR avalia ter mais trânsito e respeito entre os ministros do STF do que Mendonça. Ele diz a interlocutores que, com isso, pode ser mais útil para Bolsonaro no processo de amenizar a relação entre o presidente e a corte do que o ex-advogado-geral da União.
O procurador-geral trabalha com dois cenários: a possibilidade de o Senado rejeitar o nome do ex-advogado da União (AGU) ou o presidente Bolsonaro retirar a indicação de Mendonça e colocar o seu nome. Para Aras, a cada dia que passa sem o Senado marcar a sabatina de Mendonça aumentam suas chances de substituí-lo como indicado de Bolsonaro.
Após a publicação da nota, Aras entrou em contato com a coluna e disse que não está se movimentando pela vaga do STF, mas “apenas aguardando” sua posse de recondução como PGR.
— Essas especulações são tentativas de me indispor com André Mendonça. Já falei com ele sobre esse assunto, de que há tentativas de criar uma situação de desconforto em relação a ele — disse.
Fonte: O Globo
Foto: Jorge William
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