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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

APÓS PROTESTOS, BOLSONARO DIZ QUE "MINORIA" CONTRA SEU GOVERNO É "DIGNA DE DÓ"

Presidente afirmou que maioria da população, que seria favorável ao governo, é "de bem" e aqueles que são contra, "dignos de pena"

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que os manifestantes que foram às ruas neste domingo para protestar contra o seu governo não fazem parte da população "de bem" e são "dignos de dó".

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, gravada e editada por um canal simpático ao presidente, Bolsonaro fez pouco caso dos protestos do final de semana. As manifestações foram esvaziados após a divisão na oposição sobre a participação ou não em atos que uniram desde grupos liberais, de direita, a grupos comunistas, de esquerda.

— A maioria da população é de bem. Essa minoria que é contra, que muitos foram às ruas ontem, são dignos de dó, de pena — afirmou.

Na conversa, Bolsonaro reclamou que alguns dos manifestantes fizeram ataques pessoais à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Além disso, na conversa, o presidente voltou a alertar sobre o suposto perigo do Brasil seguir o caminho de países como a Venezuela e Argentina caso a esquerda vença as eleições. O presidente citou como exemplo uma parábola em que um sapo é colocado na água e não percebe que ela é esquentada aos poucos, até virar sopa.

— O sapo lá dentro começa a ficar numa boa, cheio de projetos sociais, não precisa trabalhar mais — disse Bolsonaro, que completou: — Quando você vê, a água ferveu demais, o sapo tá relaxado, não tem mais força para sair da panela, ele vai virar sopa. É assim que começam os regimes de exceção e terminam da forma mais trágica possível como o da Venezuela. Como está indo, espero que mude nossa Argentina, o Chile começa a dar demonstração que essa parábola tem que ser levada em conta.

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Logo depois, Bolsonaro afirmou que, caso siga pelo mesmo caminho, o Brasil poderá ter um "caos" ou uma "convulsão social".

— Essa história não tem final diferente. Todos os finais são iguais. Se o Brasil tiver um caos, uma convulsão social, não vai ser diferente da Venezuela, de Angola e que está acontecendo em outros países também — afirmou.

Fonte: O Globo
Foto: Cristiano Mariz

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