A pesquisa ainda não foi revisada por outros cientistas nem publicada em revista, mas está disponível on-line.
“[Se] a pessoa tem mais carga viral nas vias aéreas superiores, a tendência é que ela vai estar expelindo mais vírus – e, se ela está expelindo mais vírus, a chance de uma pessoa se infectar próxima a ela é maior”, explica Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz Amazonas e líder do estudo.
Os pesquisadores analisaram 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. A amostragem cobriu o primeiro pico da doença, em abril, e o segundo, no final do ano passado e início de 2021.
Eles perceberam que essa maior quantidade de vírus não acontecia, entretanto, nos homens idosos (acima de 59 anos). Uma possível explicação para isso é que a resposta imune de homens idosos tende a não ser tão eficiente de forma geral.
“Em homens mais velhos, a resposta imune já não consegue responder tão eficientemente, e aí não teve diferença sendo P.1 ou o outro [vírus]”, aponta Felipe Naveca.
Também é possível que isso tenha acontecido nesse grupo porque a quantidade de pessoas analisadas nessa faixa etária foi menor, explicou o pesquisador Tiago Gräf, também autor do estudo, em uma publicação na rede social Twitter.
Fonte: Gláucia Lima
Foto: O Autor
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