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domingo, 28 de fevereiro de 2021

MESMO COM REGISTRO, IMPACTO DA VACINA DA PFIZER SÓ DEVE ACONTECER EM MÉDIO PRAZO

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o registro definitivo da vacina da Pfizer/Biontech contra a Covid-19 na última terça-feira (23). O governo federal ainda negocia a compra de doses com a farmacêutica e, segundo especialistas, a quantidade de imunizantes adquiridos será determinante no cálculo do impacto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do país.  

Com o desempenho positivo da vacina da Pfizer em países da Europa, nos Estados Unidos e, principalmente, em Israel, a expectativa é de que o Brasil entre também na lista de nações a negociar a compra de números altos de doses.

Em entrevista à CNN na última terça-feira (23), o coordenador dos testes da Pfizer no Brasil, Cristiano Zerbini, afirmou que, em caso de acordo entre a farmacêutica e o governo federal, a quantidade de imunizantes destinados ao Brasil será alta.  

“A Pfizer tinha prometido 1,3 bilhão [de vacinas para todo o mundo] em 2021, isso foi aumentado para 2 bilhões e tenho a impressão de que aumentará ainda mais. Então, haverá vacinas disponíveis para os brasileiros. Se houver um acordo, a disponibilidade de vacinas será bem alta”, afirmou Zerbini. 

A CNN entrou em contato com o governo federal a fim de apurar informações sobre as negociações com a Pfizer, mas, não obteve retorno até o fechamento desta matéria.  

Expectativa dos especialistas 

Para o imunologista Eduardo Nolasco, a capacidade de produção da Pfizer pode não ser compatível com a demanda que o Brasil necessita, uma vez que a empresa já firmou contratos previamente com outros países. 

“O registro definitivo da Pfizer é extremamente importante, porém um impacto no PNI a curto prazo não será muito grande, porque a empresa tem outros países como prioridade para enviar esses imunizantes. A capacidade de produção é insustentável com essa grande necessidade de doses, eu vi que eles têm 9 milhões de doses para disponibilizar imediatamente e, só para os nossos grupos prioritários, a gente precisaria de 100 milhões de doses no total”, avaliou o especialista.  

Fonte: Gláucia Lima 

Foto: O Autor 

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