Cinco anos depois da tragédia de Mariana, atingidos pela
lama ainda lutam pelos direitos; prazo para entrega de casas venceu no sábado
27.
Após mais de cinco anos do rompimento da barragem da Samarco, na região de Mariana (MG), os moradores atingidos pela lama e destruição não foram totalmente ressarcidos pela Fundação Renova, entidade criada para gerir as ações de reparação do desastreque vitimou 19 pessoas e deixou centenas sem ter onde morar e com o futuro indefinido.
No último sábado 27, encerrou-se o prazo estabelecido pela Justiça para que a Renova entregasse os reassentamentos das comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, que foram atingidas pelos rejeitos da mineração. Foi a terceira vez que o acordo não foi cumprido. O primeiro é de março de 2019 e o segundo de agosto de 2020.
A tragédia ocorreu no dia 5 de novembro de 2015 e, segundo relatório da Cáritas, entidade escolhida pelos atingidos para prestar assessoria técnica no processo de reparação, “é possível constatar que a grande maioria das moradias que deveriam ser entregues até o dia 27 de fevereiro de 2021 ainda não tiveram seus processos concluídos – sendo que muitas não começaram a ser construídas ou reformadas”.
O documento, a que CartaCapital teve acesso, aponta que a “morosidade do processo de reparação do direito à moradia das famílias atingidas, que remonta desde à compra dos terrenos destinados aos reassentamentos até à ineficiência na execução dos cronogramas de obra, tem gerado enorme incerteza às vítimas e o agravamento da precariedade própria da situação provisória”.
“A Renova foi feita para reduzir os gastos da Samarco com a reparação integral e fazer bastante propaganda dizendo que está sendo feita alguma coisa. Ela tem uma tendência de culpar os atingidos pelos atrasos”, afirma Gladston Figueiredo, coordenador da Assessoria Técnica da Cáritas.
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Fonte: Alisson Matos/Carta Capital
Foto: Agência Brasil
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