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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

VICE DA CAIXA É SUSPEITA DE NEGOCIAR CARGO PARA LIBERAR EMPRÉSTIMO.

Executiva teria vinculado R$ 200 milhões para Cemig à vaga em conselho.

A vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal, Deusdina dos Reis Pereira, é suspeita de ter vinculado a aprovação de um empréstimo de R$ 200 milhões para a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) à nomeação dela própria para uma vaga no Conselho de Administração da estatal mineira. O governo se recusou a aceitar a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal de afastar Deusdina e os demais vice-presidentes da Caixa. Os cargos são loteados entre partidos da base, como PMDB, PR, PP e PRB.
Um e-mail enviado por Deusdina ao então presidente da Cemig, Mauro Borges, mostraria a vinculação do empréstimo à nomeação. De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, a vice-presidente da Caixa afirma, na mensagem enviada em 2015, que o empréstimo seria apreciado pelo Conselho Diretor do banco no dia seguinte.
“Amanhã apreciaremos no Conselho Diretor uma operação de crédito para a empresa no valor de R$ 200 milhões”, escreveu. Na sequência, ela diz: “Continuo aguardando seu retorno quanto à minha indicação para o conselho”.
A mensagem foi descoberta em uma investigação feita por um escritório de advocacia contratado pela própria Caixa. O caso de Deusdina está sob análise na Comissão de Ética da Presidência da República. Deusdina não foi nomeada para a Cemig, e não há informação se o empréstimo foi concedido ou não.
A suspeita já constava de documento enviado ao presidente Michel Temer em 15 de dezembro no qual o MPF recomenda o afastamento de todos os vice-presidentes e a nomeação de novos executivos para as funções por meio de processo seletivo. A nomeação para esses cargos é do presidente da República. Um novo estatuto para o banco, ainda em tramitação, prevê repassar essa atribuição para o Conselho de Administração. A indicação de Deusdina é atribuída por ela própria ao PR.
As suspeitas sobre empréstimos feitos pela Caixa e por meio do Fundo de Investimentos do FGTS estão sob investigação em diversos processos. O GLOBO não conseguiu contato com Deusdina. À “Folha de S.Paulo”, ela disse que não se manifestaria.

Fonte: Eduardo Breschiani/O Globo

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