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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

DESEMPREGO FECHA 2017 EM 12,7%, O MAIOR DESDE 2012, INÍCIO DA PESQUISA.

Pesquisa do trabalho do IBGE diz que um em cada quatro trabalhadores no país trabalha por conta própria - mais de 23 milhões de pessoas.

O desemprego no Brasil em 2017 foi o mais alto em seis anos e o que evitou uma situação ainda pior foi que muita gente resolveu trabalhar por conta própria, muitas vezes na informalidade.
Carga chegando e saindo é bom sinal. Significa que a economia está se movimentando
Significa emprego.
Uma transportadora chegou a ter 600 funcionários. Com a crise, demitiu mais da metade. “A economia já começou a dar sinais positivos e a gente tem boas expectativas aí para o início do também. Então, a empresa já começou a contratar esse ano”, afirma Donizete Pereira, dono de transportadora.
O Márcio ficou com uma das vagas de motorista. Depois de quatro meses desempregado, passando sufoco. “Conta de luz vencendo, gás acabando e eu não tendo de onde tirar. Aí agora já estou me levantando, né?”, conta o motorista Márcio dos Santos Silva.
Os números do último trimestre de 2017 comprovam essa leve recuperação do mercado de trabalho. Teve mais gente trabalhando no comércio, com alimentação e serviços domésticos
No primeiro trimestre, o desemprego chegou a atingir o ponto mais alto. Foi caindo e fechou o ano com uma taxa de 11,8%. O que significa mais de doze milhões de desempregados.
Apesar da queda nos trimestres, o retrato do ano é triste. A taxa de desemprego foi de 12,7%, a maior desde que o IBGE começou fazer essa pesquisa, em 2012.
Nos últimos quatro anos, o número de desempregados quase dobrou e, nesse período, a crise levou embora três milhões e 300 mil vagas com carteira assinada.
O celular apontou um novo caminho quando o Mário foi mandado para rua depois de sete anos na empresa em que ele trabalhava. Há dois meses, ele, que é técnico em informática, virou motorista de aplicativo. Assim como muitos brasileiros, o Mário também decidiu que não dava para ficar esperando um emprego aparecer e resolveu seguir um outro rumo. Ganhar a vida por conta própria.
“Não é da noite para o dia que você vai arrumar um emprego. Então, eu, sabendo das minhas contas que eu tenho, tive que correr atrás de uma forma de ter uma renda”, conta Mário.
O trabalho por conta própria - muitas vezes informal - é a realidade de um a cada quatro trabalhadores no Brasil: mais de 23 milhões de pessoas. Elas saíram da fila do emprego, mas também não têm as garantias da carteira assinada.
“O que que a carteira de trabalho traz? Ela traz crédito, ela faz a pessoa poder chegar em uma loja e abrir um crediário. Em um curto prazo, ele vai resolver a situação. Mas no médio e longo prazo, isso é ruim para pessoa que está na informalidade e é ruim também para o país”, explica Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O Mário quer voltar logo para o mercado formal, na área de informática. Como bom motorista, está de olho no que vem pela frente. Quantos quilômetros ele acha que ainda tem que rodar até achar um emprego? “Eu espero que seja pouco. Quanto menos, melhor”, responde Mário.

Fonte: Jornal Nacional

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