O Tribunal Regional Federal da 4ª Região passou o caso triplex na frente de outras sete ações penais que chegaram primeiro à segunda instância e ainda aguardam julgamento. É o que informa a Folha desta segunda (8).
O levantamento é mais um indício de que o TRF4 acelerou o julgamento do recurso de Lula de olho no calendário da eleição de 2018. Mas segundo a Folha, a desculpa da corte - que nega tentativa de interferir no processo eleitoral - é que os casos da Lava Jato são analisados na segunda instância de acordo com sua "complexidade", e não por ordem de chegada.
Na frente de Lula estão processos como o da operação Carbono 14, de setembro de 2016, que condenou José Carlos Bumlai, Delúbio Soares, Ronan Maria Pinto (empresário do ABC) e outros. As outras 6 condenações envolvendo Eduardo Cunha (e a absolvição de Cláudia Cruz), de Marcelo Odebrecht, André Vargas e Sérgio Cabral, entre outros.
Folha sublinhou que o caso triplex foi o mais rápido a chegar à segunda instância: em 42 dias, desde que Sergio Moro condenou Lula a 9 anos e meio de prisão. Depois disso, levou poucos meses para ser relatado por João Gebran Neto e ter a data do julgamento agendada pelo revisor Leandro Paulsen.
O jornal afirma que o TRF4 também acelerou os processos contra Eduardo Cunha e João Vaccari.
O Tribunal também alegou que passou a ter uma maior produtividade ao longo dos anos. Para sustentar a tese, mostrou o dado de que, em 2016, julgou apenas 5 casos que já haviam sido concluídos por Moro. Em 2017, o número saltou para 15. Em 2015, foram apenas 3.
O julgamento do recurso de Lula está marcado para o próximo dia 24.
Fonte: Jornal GGN
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