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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

POTIGUARES: AS OLIGARQUIAS VÃO BATER EM SUAS PORTAS. POR ENOCK DOUGLAS.

Ano de eleições são iguais a fantasia de halloween, os mortos vão surgir dos túmulos e bater em sua porta, se tratando de políticos, esses mortos são muito vivos por sinal. Não é surpresa pra ninguém, quanto mais se aproxima época de eleições esses indivíduos surgem como “O fulano que já fez muito por sua cidade”, sempre de mãos dadas com alguma liderança do lugar, lideranças essas que a maioria já recebeu um “agrado” para realizar tal “apoio”.
É esse apadrinhamento político corrupto que tem perpetuado a manutenção das oligarquias políticas no Rio Grande do Norte, vivemos no estado mais oligárquico do país, onde três famílias vivem de privilégios e mordomias ás custas do poder público há décadas.
Contamos com um cenário de grandes e pequenas oligarquias, as grandes são composta pelos Maias, Alves e Rosados, as sub oligarquias são Faria e Marinho. Para manter a dominação política, esses grupos utilizam de velhas práticas, como a compra de apoios de lideranças regionais e a propriedade de rádios, tv's e jornais, concessões públicas que são utilizadas apenas para promoção destes.
O voto de cabresto e os currais eleitorais permanecem desde a época dos coronéis, onde a população mais carente e desinformada é utilizada como massa de manobra, tanto para garantir votos nas eleições, como para servir de vitrine da pobreza na aquisição de recursos públicos, recurso esses que não chega a quem realmente precisa.
Para quem não sabe, ou esqueceu, relembro uma típica conversa entre nossos políticos oligárquicos durante campanha eleitoral de 1980
"José Agripino -Os pobres estão indecisos. É em cima desse povo que você tem que atuar. Com uma feirazinha, com um enxoval, com umas coisinhas".
Iberê Ferreira de Souza (secretário) - O povo mais pobre que não se compromete, troca o voto por qualquer coisa. Botar o milho no bolso, porque sem milho não funciona.
(Conversa entre o então governador José Agripino e um assessor armando compra de votos na década de 1980 ficaram conhecido como escândalo rabo de palha)
Alguns prefeitos, vereadores e líderes comunitários tem grande parcela de culpa na manutenção desses políticos no poder, seja pela venda de apoio ou troca de favores, outros por pura subserviência. Fiquemos de olho nessas próximas eleições, quem são essas lideranças que vão chegar a nossas casas de mãos dadas com políticos que se venderam ao governo Temer para acabar com nossos direitos trabalhistas, reduzir o salário mínimo, acabar com a nossa aposentadoria e ainda proteger políticos corruptos da cassação.
Não esqueçam que essas oligarquias, encabeças principalmente por Agripino Maia, Garibaldi Alves e os Rosados, foram a favor de todas essas reformas temerosas, e que estes estarão nos próximos meses batendo em suas portas.
2018 nos proporciona uma oportunidade única de por fim a esse anacronismo oligárquico que usurpa o nosso estado há mais de século. A liderança política de nosso voto somos nós mesmos. Finalizo essa reflexão com as palavras de Milton Friedman “Liberdade política significa ausência de coerção de um homem pelo seu compatriota. A ameaça fundamental à liberdade é o poder de coagir, esteja ele nas mãos de um monarca, de um ditador, de uma oligarquia”

Enock Douglas Roberto
Professor, especialista em educação pela UERN, mestrando em ensino na UERN,UFERSA, IFRN


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