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domingo, 5 de maio de 2013

LULA LAMENTA A MORTE DE SINDICALISTA QUE "ENFRENTOU PRISÃO E EXÍLIO".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Silva divulgou na sexta-feira (3) uma nota em que lamenta a morte do sindicalista José Ibrahim. O ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região morreu em sua casa, de causa ainda não divulgada. “Em 1968, ainda jovem, José Ibrahim atuou para organizar os trabalhadores de Osasco e, defendendo seus ideais, enfrentou a prisão e o exílio”, disse Lula.
Como presidente do sindicato, José Ibrahim foi um dos líderes da histórica greve da Cobrasma, ou Greve de 68, como ficou conhecida, realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. Na manhã de 16 de julho daquele ano, cerca de 3 mil operários da empresa entraram em greve. Em seguida, trabalhadores de outras fábricas da cidade, como Braseixos, Barreto Keller e Lanoflex também pararam as máquinas. Lutavam por melhores salários e liberdade sindical.
A greve é considerada um marco na história do movimento sindical do país. Foi uma das primeiras de grande repercussão da ditadura. Contou com a adesão de milhares de trabalhadores de empresas osasquenses.
José Ibrahim tinha na época 21 anos. Nascido em Presidente Altino, bairro operário de Osasco, ele trabalhava como inspetor de qualidade na Cobrasma. Em decorrência da greve, dezenas de trabalhadores foram presos, torturados e banidos do país. Demitido da empresa, Ibrahim entrou na clandestinidade. Passou a militar na luta armada, como membro da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Posteriormente, foi um dos 15 presos políticos trocados pelo embaixador americano Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969. O diplomata havia sido sequestrado por membros das organizações clandestinas.
Após dez anos de exílio, só retornou ao Brasil em 1979. “Minha chegada foi linda. Tinha milhares de pessoas me esperando ao lado da casa da minha mãe, em Presidente Altino. No dia seguinte fui visitar o sindicato”, disse Ibrahim numa entrevista.
Nos anos 1980, o sindicalista foi um dos fundadores do PT, com o qual rompeu para entrar no PV. Depois militou no PDT, na Força Sindical e, nos último tempos, na UGT. “Ibrahim foi um líder político e social inato, de militância constante”, escreveu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno, no site da entidade nesta sexta-feira.
O prefeito de Osasco, Jorge Lapas, disse que Ibrahim foi “grande defensor da democracia, uma figura exemplar para o operariado brasileiro e, principalmente, aos militantes sindicais”.

Perda

Leia a íntegra da nota divulgada pelo ex-presidente Lula, assinada por ele e sua esposa, Maria Letícia:

“Em 1968, ainda jovem, José Ibrahim atuou para organizar os trabalhadores de Osasco e, defendendo seus ideais, enfrentou a prisão e o exílio. De volta ao Brasil, ajudou a fundar o PT e seguiu militando no movimento sindical até o fim de sua vida. Neste momento de perda, estendemos nossa solidariedade para todos os amigos e parentes de José Ibrahim."

Fonte: Rede Brasil Atual/Portal Vermelho

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