Na última sexta-feira, depois de confirmada a vitória de Renan Calheiros (PMDB-AL) na eleição para a presidência do Senado, o Planalto já começava a fazer os ajustes na fatura que pretende apresentar mais adiante ao PMDB. Embora nos últimos dias tenham surgido boatos de novas dissidências no PMDB na Câmara, a eleição de Henrique Eduardo Alves (RN) na Casa nesta segunda-feira também já era tida como quase certa.
Assim, passada a votação de hoje, o governo deixará claro que cumpriu sua parte do acordo. Não só apoiou o PMDB, como deixou aberto o caminho para que o partido trabalhasse livremente as candidaturas que bem entendesse. E, além de endossar abertamente Renan e Henrique Alves, ainda cumpriu com sucesso a tarefa de manter o PT sob controle.
Agora, petistas entendem que o resultado da eleição no Congresso será crucial para facilitar as conversas com o PMDB para a corrida principal do ano que vem. Isso se faz ainda mais necessário diante da avaliação de que será preciso rever a relação de forças dentro da base, para viabilizar a reeleição de Dilma. Em outras palavras, abrir espaço adicional na aliança para o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Fonte: Poder Online
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