Ao criar o ser humano, Deus fez um esboço. Dotou sua criatura de discernimento, de modo a permitir que, no curso da existência, cada um fizesse do seu desenho o que bem entendesse. Muitos melhoram o rabisco. Outros revelam-se vocacionados para a caricatura. Tome-se o exemplo do deputado federal André Vasgar (PT-PR).
Secretário nacional de Comunicação do PT, o companheiro Vargas abespinhou-se com o STF. Para ele, o tribunal errou ao marcar o julgamento da ação penal do mensalão para agosto, em plena campanha eleitoral. Dando de ombros para o risco de prescrição dos crimes, o deputado julgou-se no direito de dizer o seguinte:
“Já imaginávamos que ia ter pressão, mas não imaginávamos que segmentos do Supremo seriam tão suscetíveis assim. Infelizmente, as ações do Supremo não são cercadas da austeridade exigida para uma Corte Suprema. Ministro do Supremo não é para ficar sendo aplaudido em restaurante por dar decisão contra o PT. Nos EUA, eles não podem nem tirar foto, mas aqui tem ministro do Supremo com vocação para pop star.”
Há no STF 11 ministros. Suponha-se, para efeito de raciocínio, que todos sejam vocacionados para os refletores. Ainda assim, jamais teriam a oportunidade de exercitar seus supostos pendores antipetistas se o PT não tivesse revelado sua vocação para a delinquência. Na origem, os réus eram contados em 40. Um morreu. Outro fez acordo. Sobraram 38. Quer dizer: o time que acendeu os holofotes é mais de três vezes maior do que a banca de julgadores.
Não fosse pela propensão dessa gente para a formação de quadrilha, as luzes estariam apagadas. E o companheiro Vargas, caricatura de si mesmo, não precisaria abusar da paciência alheia. Poderia desperdiçar o seu tempo procurando algo melhor para fazer além de pronunciar bobagens.
Fonte: blog do Josias
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