Pressionado, o ministro do Trabalho Carlos Lupi decidiu devolver R$ 1.736,90 recebidos a título de diárias pela polêmica viagem feita por ele ao Maranhão em dezembro de 2009 na qual usou um avião providenciado pelo diretor da ONG Pró-Cerrado, Adair Meira. A devolução, porém, não é definitiva. Carlos Lupi pediu à Controladoria-Geral da União (CGU) para analisar o pagamento de diárias durante a viagem e vai querer o dinheiro de volta se a ação for considerada regular pelo órgão de fiscalização.
Segundo a assessoria da pasta, Lupi recebeu diárias em três dos quatro dias da viagem realizada entre 11 e 14 de dezembro de 2009. Em parte do trajeto o ministro andou em um avião King Air da empresa Aerotec. A aeronave foi providenciada pelo diretor da ONG Pró-Cerrado. A entidade tem contratos com o Ministério. Lupi afirmou, inicialmente que coube ao seu partido, o PDT, o aluguel do avião, mas o diretório do Maranhão já negou ter feito o pagamento. Agora, o ministro afirma que seu ex-assessor Ezequiel Nascimento é quem precisa dizer quem arcou com o gasto.
O ministério informou ainda que não consta na prestação de contas da ONG Pró-Cerrado nota empresa Aerotec. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) disse ontem ter recebido uma informação de que o comprovante de pagamento da aeronave estava na prestação de contas da entidade de Meira.
A viagem de Lupi ao Maranhão reuniu eventos de trabalho na pasta com atividades partidárias. A realização de ações para o PDT foi a justificativa do ministro para ter utilizado aviões como o King Air para o seu deslocamento. Além do avião providenciado pela Pró-Cerrado ele usou um Sêneca, mas não esclareceu também quem pagou por esta parte da viagem.
Fonte: Agência Estado
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