Diretor-executivo de emergências, Mike Ryan afirmou que Brasil enfrenta a 'quarta onda' da epidemia.
O diretor-executivo de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, chamou a pandemia no Brasil de "tragédia" e lamentou que o país enfrente uma nova onda de casos e mortes pela Covid-19.— Infelizmente, é uma tragédia que o Brasil esteja enfrentando isso de novo e é difícil. Esta deve ser a quarta onda que o país volta a enfrentar, eu acho —, disse Ryan nesta sexta-feira (29).
Ryan ressaltou ainda o sistema público de saúde brasileiro e elogiou a ação dos estados para tentar conter a alta transmissão do coronavírus, mas afirmou que é urgente o país controlar a transmissão em nível comunitário, já que ele enfrenta alta transmissão já há um tempo muito prolongado
— Não houve um ponto do país que não tenha sido afetado de forma grave pela pandemia —, disse.
Na última quinta-feira, o Brasil registrou um recorde de mortes pela Covid-19: foram 1.582 novos óbitos pela doença, segundo o consórcio de veículos. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.150. É o segundo recorde seguido registrado nessa média. O recorde anterior de número de mortes em 24 horas havia sido registrado em 29 de julho do ano passado, quando chegou a 1.554.
Acelerar vacinação
Também nesta sexta, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, alertou é necessário aumentar a produção das vacinas contra Covid-19 e acelerar sua distribuição.
— Agora é a hora de usar todas as ferramentas para aumentar a produção [das vacinas contra Covid-19], incluindo licenciamento e transferência de tecnologia e, quando necessário, isenções de propriedade intelectual — pediu Tedros.
O diretor-geral da OMS lembrou que, embora as vacinas sejam uma ferramenta muito poderosa, elas não são a única ferramenta. Ele destacaou que ainda é preciso acelerar a distribuição de diagnósticos rápidos, oxigênio e dexametasona.
Fonte: O Globo, com G1
Foto: Christopher Black/OMS
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