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sábado, 30 de janeiro de 2021

CAMINHONEIROS SE MOBILIZAM PARA GREVE NESTA SEGUNDA-FEIRA, RN TAMBÉM DEVE ADERIR

Mobilização nacional dos caminhoneiros, prevista para acontecer na próxima segunda-feira, 1º de fevereiro, também deve ter adesão no Rio Grande do Norte. Em outra frente, o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Estado (Sindipetro-RN) decidiu não apoiar com atos ou greves a mobilização por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus

A mobilização nacional dos caminhoneiros, prevista para acontecer na próxima segunda-feira, 1º de fevereiro, também deve ter adesão no Rio Grande do Norte. O representante da Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, informou que a categoria dos caminhoneiros está mobilizada em todo o país e, certamente, também no estado potiguar. 

Em entrevista ao Agora RN, José Roberto avaliou o cenário de preparação para a paralisação no país, que espera ter a adesão de cerca de 200 mil trabalhadores ao todo. Segundo ele, os grevistas estão mais cautelosos quanto a divulgação dos atos, por conta de possíveis represálias. 

Em relação às promessas feitas pelo governo federal para tentar frear a greve, ele afirmou que o setor exige atitudes efetivas. ”Promessas temos desde 2018 e elas não enchem barriga. O que enche barriga é comida na mesa, é combustível com preço justo, é ter o trabalho valorizado. Queremos ações concretas”, reforçou. Recentemente, o presidente da República Jair Bolsonaro fez um apelo aos caminhoneiros para que desistam da paralisação. Bolsonaro afirmou que tinha a intenção de reduzir tributos sobre o diesel, também disse que o governo deve zerar a tarifa de importação de pneus. Por fim, incluiu a categoria de caminhoneiros na lista do grupo de prioridades para o recebimento das vacinas contra a Covid-19. 

Em contraposição, o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (Sindipetro-RN) decidiu não apoiar com atos ou greves a mobilização, mesmo com a adesão nacional anunciada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante dos sindicatos da categoria, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. 

No entanto, o sindicato afirmou que a paralisação está no radar da categoria e que a não adesão à greve neste momento não significa dizer que os trabalhadores do setor estejam satisfeitos atualmente. “Os trabalhadores desejam parar. E o sindicato também tem esse mesmo desejo, tanto o nacional quanto o estadual. Mas a gente precisa realmente ter cautela nesse momento em razão da saúde, estamos preocupados com o cenário pandêmico ainda no estado, animar uma situação de aglomeração de pessoas agora seria contraditório para nós”, afirmou o Sindipetro-RN à reportagem. 

Para o coordenador geral do sindicato, Ivis Corsino, o aumento dos preços dos combustíveis – principal pauta motivadora da paralisação – é válido e interessa diretamente também aos petroleiros, como cidadãos consumidores e como trabalhadores da Petrobras, que, segundo Ivis, vem tendo uma política de desvalorização da atividade industrial nacional. 

“As refinarias têm reduzido as cargas de processamento e em razão disso, a gente tem: redução dos postos de trabalho, modificação nos regimes de trabalho, demissões e ociosidade. E tudo isso, por consequência, gera uma valorização da importação. Para que seja realmente viável a importação, a gente tem que ter o preço da comercialização dos combustíveis e derivados à níveis de preços internacionais. Então os trabalhadores, em sua esmagadora maioria, eu diria que 99% tem uma opinião radicalmente contra essa política de preço, porque isso tem causado diretamente um impacto. Quanto maior o preço da paridade internacional, menor é a atividade industrial nacional”, explicou ele.

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Fonte: Agora RN

Foto: Mauro Pimentel / AFP

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