O ex-deputado federal Roberto Jefferson criticou o mandado de busca e apreensão em sua residência no âmbito do inquérito das fake news. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista à Jovem Pan, Jefferson criticou o ministro e o acusou de querer intimidá-lo. “Entraram na minha casa e revistaram tudo. Foi censura o que Moraes quis fazer. Ele rasgou a toga e me botou uma mordaça, mas comigo o buraco é mais embaixo. Já estou com 67 anos e vou enfrentá-lo de igual para igual”, afirmou.
Em seguida, Jefferson relembrou a carreira de Moraes e afirmou que não o respeita como ministro. “Um homem que era advogado do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo, que reúne criminosos do entorpecente que mandam matar policiais de dentro da cadeia, não tem qualidade moral, intelectual, superior a mim. Eu não o respeito como ministro do STF porque ele envergonha a Corte”, disse.
De acordo com o ex-deputado, ele ficou revoltado com a operação, apesar de a Polícia Federal ter sido “cortês” com ele.
“A Polícia Federal foi extremamente cortês comigo, entraram e revistaram a minha casa. O que me chateia é revistar a intimidade da minha mulher, isso humilha e magoa. Eu sei que eles ficam constrangidos, mas na gente revolta. As minhas coisas eu não me incomodo de mostrar. Não tinha nada que eles pudessem levar. O meu celular não estava em casa, porque ontem visitei minha sogra e esqueci na casa dela, foi benção de Deus. E eu não tenho computador em casa. As armas que tenho são duas de pequeno porte, registradas na PF e no Ministério do Exército”, disse em entrevista à Jovem Pan.
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