O Ministério da Saúde recomenda que não sejam feitos velórios e funerais de pessoas que são casos confirmados ou suspeitos do novo coronavírus. Também diz que, caso já se saiba que a pessoa tinha a doença, não seja feita a autópsia. O objetivo é evitar a disseminação do vírus, que já matou 77 pessoas no país até quinta-feira.
"Os velórios e funerais de pacientes confirmados/suspeitos da COVID-19 não são recomendados devido à aglomeração de pessoas em ambientes fechados. Nesse caso, o risco de transmissão também está associado ao contato entre familiares e amigos", diz trecho de documento do Ministério da Saúde, acrescentando: "A autópsia não deve ser realizada e é desnecessária em caso de confirmação ante-mortem da COVID-19".
A pasta também orienta profissionais com 60 anos ou mais, gestantes, lactantes, pessoas com doenças crônicas, cardiopulmonares, oncológicas ou imunodeprimidos a não participarem de atividades relacionadas ao manejo dos corpos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já tinha produzido um documento com orientações sobre o que fazer com o corpo de uma pessoa com o novo coronavírus. A Anvisa não chega a vetar velórios, mas recomenda que haja o menor número possível de pessoas. A agência também aconselha a cremar o corpo, em vez de enterrá-lo. Já o ministério diz que qualquer uma das duas opções pode ser escolhida pela família.
Caso a família resolva assim mesmo fazer velório e funeral, o Ministério da Saúde recomenda deixar o caixão fechado, evitando toques no corpo. Também orienta a disponibilizar água, sabão, papel toalha e álcool gel a 70%.
Tanto o Ministério da Saúde quanto a Anvisa elaboraram recomendações com orientações para os profissionais de saúde que vão mexer com os corpos. Isso inclui, por exemplo, o uso de equipamentos de proteção individual e o descarte de tubos, drenos e cateteres usados no paciente morto.
Parte das recomendações do ministério foram retiradas do manual da agência. Mas a pasta incluiu também uma série de orientações para caso a pessoa suspeita de ter o vírus morra em casa. O corpo deverá ser retirado por uma equipe de saúde, e os residentes do local deverão receber orientações para desinfetar ambientes e objetos.
Fonte: André de Souza/O Globo
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