Durante a sessão da Câmara de hoje (26) que votava a criação do auxílio emergencial de R$ 500 para trabalhadores sem carteira assinada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o governo aceitava pagar R$ 600 por vale. A fala aconteceu após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciar que o valor aprovado seria de R$ 500, mais do que os R$ 200 propostos inicialmente pelo governo.
O texto que cria o benefício estava para ser votado quando Bolsonaro, em transmissão ao vivo, disse que conversou com Paulo Guedes (Economia) e que aceitava elevar o pagamento. O líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO), avisou os demais deputados e informou Maia que o valor poderia ser maior.
A matéria que cria renda emergencial para ajudar no combate ao coronavírus está em votação na Câmara e deve ser aprovado esta noite. Com isso, a renda poderá ser de R$ 1,2 mil por família, maior do que um salário mínimo (R$ 1.045).
Antes de começar a valer, o projeto deverá ser aprovado no Senado e sancionado por Bolsonaro.
Maia reconheceu publicamente a articulação do líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO). Desde o início do governo Bolsonaro ambos protagonizaram desentendimentos e Maia chegou a dizer que tinha rompido com Vitor Hugo. "Acho que esse ambiente de diálogo, onde o Parlamento sempre melhora os textos e as propostas que vem do governo. Ter o apoio do governo e a confirmação que o governo, além dos R$ 500, nós podemos construir uma solução de mais de um salário mínimo, de mais de R$ 1,2 mil. É o início histórico de um momento difícil e também histórico", disse Maia ao líder do governo, que foi aplaudido em plenário.
Ao UOL, o presidente da Câmara disse que a mudança de posição do governo foi "uma grande vitória do parlamento e do diálogo, mas principalmente dos brasileiros".
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Fonte: Guilherme Mazieiro/UOL
Foto: Adriano Machado/Reuters
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