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sábado, 31 de março de 2018

PF ENCONTRA DOCUMENTO COM REFERÊNCIA A TEMER NA RODRIMAR.

À PF, dono da empresa afirmou que pediu ajuda a Temer sobre assunto da área portuária.

A Polícia Federal apreendeu documento com referência ao presidente Michel Temer (PMDB) em uma das sedes da empresa Rodrimar, investigada sob suspeita de se beneficiar indevidamente de um decreto presidencial sobre o setor portuário. No laudo com descrição dos itens apreendidos, o item 20 descreve “uma folha de papel contendo o nome de várias empresas e pessoas físicas, incluindo Michel Temer”. No entanto, não havia no documento apreendido referência a que fatos as citações se referem.
O documento foi encontrado na sala de um dos gerentes da Rodrimar em um escritório da empresa em Santos (SP). Os policiais também encontraram documento sobre a Argeplan, empresa do coronel João Baptista Lima suspeita de ser usada para repassar propina a Michel Temer, amigo de longa data do coronel.
As apreensões fazem parte do material recolhido com os 20 mandados de busca expedidos pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, na Operação Skala. Além da Rodrimar, foram alvos a Argeplan e outros personagens investigados. A operação ainda teve 13 mandados de prisão temporária contra alvos como o coronel Lima e o dono da Rodrimar, Antonio Celso Grecco.
Em seu depoimento à PF, Grecco afirmou ter pedido ajuda ao presidente Michel Temer para resolver o embargo de uma obra de interesse da empresa no Porto de Santos. A operação investiga se a Rodrimar foi beneficiada pela edição no Decreto dos Portos feitos por Temer no ano passado.
“O declarante tinha como projeto realizar o processo de adensamento com a área vendida para a JBS (RISHIS), junto aos órgãos públicos, mas jamais disse para (o dono da JBS) Joesley ou (o ex-executivo da empresa) Saud que iria conseguir isso com o presidente Temer; que a resposta do presidente foi simplesmente ‘vou ver o que posso fazer’.” O empresário disse ainda que até o momento o presidente não fez nada em relação à obra que era de interesse da Rodrimar.
Grecco relatou que a Eldorado, companhia do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, tinha interesse em comprar uma área da Rodrimar para montar um grande terminal para escoar celulose pelo Porto de Santos, mas que o governo não autorizou a aquisição. Ele negou que Temer ou que pessoas ligadas a ele, como seu amigo, o advogado e ex-assessor José Yunes, tenha tratado com ele sobre essa operação.
Em seu acordo de delação premiada, o ex-diretor de relações institucionais da J&F, detentora da JBS, Ricardo Saud, disse que foi falar com Temer sobre a área da Rodrimar adquirida pela J&F na época em que o peemedebista era vice-presidente. As obras da área da empresa comprada pela Eldorado estavam atrasadas e havia sido embargada pela Companhia de Docas de São Paulo (Codesp). Segundo Saud, o objetivo da conversa com Temer era resolver a questão.
Na delação, o ex-diretor da J&F também disse que Grecco tinha atuado para permitir a conclusão da obra ao vir "duas ou três ocasiões a Brasília para tratar com Michel Temer sobre a questão do adensamento das áreas de interesse no Porto de Santos".

Fonte: Bela Megale e Aguirre Talento/O Globo

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