O líder dos policiais e mais três colegas tiveram a prisão decretada por estimular a greve dos policiais pelas redes sociais. Eles podem ter cometido crime de terrorismo e contra a Lei de Segurança Nacional. O tenente coronel Foresti se apresentou.
A Polícia Militar do Espírito Santo decretou a prisão de quatro policiais acusados de estimular a greve dos policiais militares do estado e aliciar outros colegas com áudios e vídeos nas redes sociais. O ex-deputado federal Capitão Assumção, militar da reserva e aliado do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), foi encontrado no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha, mas conseguiu fugir. A informação foi divulgada em reportagem de O Estado de S. Paulo no domingo à noite.
Assumção chegou a receber voz de prisão, mas fugiu em meio a tumulto criado por colegas e mulheres de policiais que estavam em frente a quartel. Apenas o tenente coronel Carlos Alberto Foresti havia sido preso até o final da noite. Ele se apresentou na unidade da PM de Itaperuna e foi levado para o presídio da PM em Vitória (ES). Foresti fez manifestações de apoio ao movimento em vídeos postados nas redes sociais. Assumção também postou vídeos nas redes sociais, além de participar de manifestações em frente aos quartéis.
No sábado, o Estado de S. Paulo revelou que os policiais amotinados contaram com o apoio de um grupo aliado de Bolsonaro no Espírito Santo. O secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Eugênio Ricas, afirma que o movimento de “fachada” foi motivado por interesses políticos e econômicos.
Segundo o secretário, teria havido a prática de “terrorismo digital”, com a veiculação de informações falsas e boatos para promover o pânico, paralisar o transporte público e fechar o comércio. Cerca de 80% das mensagens partiram de fora do estado. O secretário afirma que pode ter ocorrido crime de terrorismo e contra a Lei de Segurança Nacional. A defesa dos envolvidos não foi localizada pelo jornal.
Fonte: Congresso em Foco
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