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sexta-feira, 26 de julho de 2013

NINJA ENCARNA JORNALISMO ATIVISTA E INDEPENDENTE E QUER VIRAR REDE SOCIAL.

Na esteira das grandes manifestações que se espalham pelo Brasil desde junho emergiu um fenômeno midiático.
O coletivo Mídia NINJA, com seu modelo de transmissão dos acontecimentos “sem corte e sem censura”, ao vivo direto das ruas, atraiu os olhares e a admiração de milhares de pessoas nas últimas semanas.
Para quem ainda não conhece, NINJA, mais do que uma referência ao agente oriental, é uma sigla que significa “Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação”.
É esta última palavra que tem dado o tom de sua cobertura e levantado o debate sobre se ainda faz sentido apartar jornalismo e ativismo.
As transmissões são feitas em grande parte por celulares e dispositivos 4G, mais na base do improviso do que de um roteiro pré-definido.
Se a prática de transmitir atos públicos não é nova, a visibilidade que ela ganhou com o grupo surpreende, chegando a bater a marca dos 100 mil espectadores.
Os ninjas divulgam seu conteúdo pelas redes sociais e têm uma resposta do público que supera em muito a interação vista em páginas de veículos da grande mídia brasileira.
Eles já contam com mais de 120 mil curtidores no Facebook, em uma conta criada há cerca de quatro meses.
O sucesso fica evidente também nas reuniões abertas do coletivo, que atraem centenas de pessoas dispostas a colaborar e se juntar ao time de ninjas.
Na última delas, realizada na Escola de Comunicação da UFRJ na terça (23), muitos participantes deixaram claro o porquê do apoio:
“A gente se sente muito representado pela forma como vocês andam noticiando. A versão da história que vocês dão é muito próxima a versão do fato que a gente verifica”, disse um dos presentes, aplaudido pelos demais.
Do Kgniht Center Journalism in the Americas – Blog Jornalismo nas Américas (texto de Natália Mazotte)
Para o ninja Filipe Peçanha, 24, a mídia independente vem ganhando espaço com a insatisfação diante da cobertura dos protestos feita pela grande mídia. “A gente tem virado um pouco a referência durante os atos públicos, as pessoas demonstram apoio ao nosso trabalho.
Ao contrário do que acontece com repórteres de veículos como a Globo.” Peçanha acabou detido pela Polícia Militar enquanto cobria o protesto nos arredores do Palácio Guanabara (sede do governo estadual) na última segunda-feira (22), acusado de “incitar a violência”. Algumas horas depois, foi liberado junto com um segundo ninja que também havia sido detido. Ambos continuaram na delegacia até a manhã seguinte aguardando a liberação de outras pessoas.

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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.