Ostreicultores agora já estão cheios de expectativas.
Ostreicultores do município de Coruripe ganharam de uma agência espanhola, em parceria com o Governo do Estado, uma depuradora para garantir a limpeza de suas ostras. Graças a maquina, eles podem vender um produto de melhor qualidade para o mercado.
Cultivando ostras há seis anos, Jorge Alves de Oliveira explica que só agora os moluscos estão recebendo tratamento antes da venda. Da lagoa as ostras vão direto para a unidade de beneficiamento. “A gente vendia a ostra mas corríamos o risco de fazer mal a alguma pessoa”, explica o ostreicultor Jorge Alves de Oliveira.
As ostras são lavadas e depois mergulhadas nos tanques de depuração com capacidade para 10 mil moluscos a cada dois dias de tratamento. É a etapa de filtragem e limpeza. Lá eles passam um período de 48h onde ficam mergulhadas em uma água limpa, que elimina qualquer tipo de impureza, garantindo a qualidade sanitária do produto. “A sujeira Além da sujeira que poderia ter sido consumida, o tratamento elimina os micro-organismos”, informa o ostreicultor Ícaro Victor.
A água utilizada nos tanques é captada na lagoa e passa por diversos filtros até chegar a condição ideal para o tratamento das ostras. Após dois dias na depuração, os moluscos passam para a triagem, onde são desprezadas as ostras mortas e as que ainda não estão no tamanho adequado para a venda. “Aqui é onde é feita a embalagem e seleção das melhores ostras para posterior comercialização”, diz Victor.
Por enquanto, a Unidade de Beneficiamento de Ostras funciona de forma experimental. Ainda é necessário uma autorização do Corpo de Bombeiros para obter o Selo de Inspeção Estadual, uma certificação sanitária da indústria para que o produto possa ser comercializado oficialmente.
A depuradora já conta com parcerias, mas até a formalização, as ostras são depuradas quando há encomendas. Apesar disso, o beneficiamento já é um incentivo para os ostreicultores, que agora já estão cheios de expectativas. “Vendendo a ostra e com o dinheiro no bolso nós nos animamos para produzir e, hoje, todos já acreditam na produção já que existe um mercado”, fala a presidente da associação dos ostreicultores de Coruripe, Rosaedite Pereira.
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