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sábado, 29 de junho de 2013

CIENTISTA POLÍTICO DIZ QUE DILMA FOI ATINGIDA "POR TABELA".

"Os protestos despertaram a cabeça do eleitor", diz David Fleischer.

O cientista político David Fleischer, professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB), disse neste sábado que a presidente Dilma Rousseff foi atingida "por tabela" pelas manifestações de rua. Daí, segundo Fleischer, a queda de popularidade do seu governo e de intenções de voto em duas pesquisas do instituto Datafolha divulgadas neste sábado pelo jornal "Folha de S.Paulo".
— Embora por tabela, o povo está associando a presidente com o objetivo dos protestos. As manifestações levantaram todos os pontos de insatisfação que a população sente: o povo está descontente há vários meses, diante dos aumentos de preços nos supermercados. Os protestos despertaram a cabeça do eleitor e agora tem muita gente dizendo que concorda com o que está ouvindo nas ruas — afirmou Fleischer.
Para ele, não é surpresa que a pré-candidata a presidente da República Marina Silva apareça em segundo lugar na pesquisa de intenção de votos do Datafolha para as eleições de 2014, com 23%, enquanto Dilma despencou de 51% para 30%.
— Desde o início dos protestos, eu vinha falando que o único candidato que poderia ser beneficiado por tabela seria Marina Silva, porque ela não pertence aos partidos formais. E o que ela vem criticando, antes no governo Lula e agora no de Dilma, coincide com os slogans das manifestações de rua - disse Fleischer.
O cientista político admite que está curioso para ver de que maneira os resultados das duas pesquisas vão afetar o comportamento de Dilma e do governo federal, na medida em o foco do debate nesta semana que termina girou em torno da proposta de plebiscito para realização de uma reforma política:
— Essa é a grande pergunta: como ela e o governo vão mudar a sua estratégia a partir de segunda-feira. Porque a estratégia era em cima do plebiscito. Agora tem que ver se a presidente vai alterar o teor das propostas dela.
Fleischer entende que a reforma política dispensa a realização de um plebiscito, pois poderia ser feita com a votação de propostas de emenda à Constituição (PECs) e projetos de lei já apresentados ao Congresso e que aguardam votação:
— Se eu fosse conselheiro do presidente do Senado e da Câmara, eu diria que tudo o que tem que mudar já tem PECs e projetos de lei no Congresso. É só puxar 10 ou 12 propostas e aproveitar o clamor das ruas, como fizeram com a PEC 37.

Fonte: Demétrio Weber/O Globo

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