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sábado, 11 de maio de 2013

TRÊS ADVOGADOS SÃO MORTOS NO RN EM QUATRO MESES. OAB COBRA PRISÕES.

Crimes aconteceram este ano em Apodi, Santo Antônio e Natal.
OAB diz que acompanha investigações e cobra punição para os assassinos.

Antônio Carlos de Souza Oliveira, morto a tiros na noite desta quinta (9), foi o terceiro advogado assassinado no Rio Grande do Norte em quatro meses. No dia 9 de janeiro deste ano, o advogado Marcelo Roverlando Jorge de Moura, de 38 anos, foi assassinado a tiros na cidade de Apodi. A segunda vítima foi a advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, de 36 anos, morta a pauladas no dia 14 de fevereiro dentro de um motel na cidade de Santo Antônio, a 70 quilômetros de Natal.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no estado, é preciso rigidez na apuração dos casos. "Foram três advogados assassinados: duas execuções e um crime passional. O que a gente espera é o esclarecimento desses crimes e a punição dos culpados. Essas execuções são uma tentativa de enfraquecer a democracia”, disse o presidente da OAB/RN, Sérgio Freire.
Marcelo Roverlando.
O advogado Marcelo Roverlando Jorge de Moura, de 38 anos, foi assassinado a tiros no dia 9 de janeiro em Apodi. Segundo a polícia, a vítima estava a duas quadras de casa, no bairro de Nossa Senhora da Conceição, quando dois homens armaram uma emboscada, o abordaram e efetuaram vários disparos. Os suspeitos fugiram numa motocicleta. Ninguém foi preso.
De acordo com o capitão da PM Inácio Brilhante, comandante do policiamento ostensivo na região, o advogado emprestava dinheiro a juros. “Suspeitamos que o crime pode ter ligação com esta prática”, disse o oficial. Ainda segundo a Polícia Militar, Marcelo já trabalhou como agente penitenciário.
Vanessa Ricarda.
A advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, de 36 anos, morta a pauladas no dia 14 de fevereiro dentro de um motel na cidade de Santo Antônio, a 70 quilômetros de Natal.
O ex-namorado dela, o soldado da PM Gleyson Alex de Araújo Galvão, foi preso em flagrante. A Justiça acatou a denúncia feita pelo Ministério Público e ele aguarda julgamento preso no quartel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Anderson Miguel.
Outro caso emblemático envolvendo a morte de um advogado no estado é o de Anderson Miguel da Silva, também assassinado a tiros. Ele foi morto no dia 1º de junho de 2011 dentro do seu próprio escritório, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. Um homem entrou na sala dele e disparou várias vezes. As imagens do suspeito, monitoradas por um circuito interno de câmeras, não foram gravadas pelo equipamento. Os tiros atingiram o pescoço, o tórax e os braços do advogado. A polícia afirma que até hoje não tem pistas do assassino.
Anderson Miguel ficou conhecido em todo o Rio Grande do Norte como o 'homem-bomba' da Operação Hígia. Foi ele o responsável por delatar, em depoimentos prestados à Justiça Federal, um suposto esquema de corrupção dentro da Secretaria de Saúde no então governo Wilma de Faria. Além dele e da ex-mulher, a empresária Jane Alves, mais 13 pessoas foram envolvidas.
O esquema contou com a participação direta do próprio Anderson Miguel, que alegou ter pago propina durante os anos de 2005 e 2008 para que sua empresa, a A&G, conseguisse receber os atrasados e ainda renovasse os contratos firmados com a Secretaria de Saúde. O inquérito ainda tramita na Justiça Federal sob os olhares do juiz Mário Jambo.

Fonte: G1
Foto: Ney Dougla e Jorge Talmon (foto 1); Marcelino neto (foto 2); Anderson Barbosa (foto 3) e Jane Alves (foto 4)

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