No Senado, ministro apoiou o reajuste de 22,22% no piso salarial nacional.
Mercadante defendeu ainda o aumento no banco de questões do Enem.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na manhã desta quarta-feira (29) que “evidente que seja um esforço muito grande para estados e prefeituras” para o cumprimento do novo piso salarial dos professores. Mas, segundo ele, se não houver a valorização dos professores e a competição salarial perante outras profissões, a educação não apresentará avanços.
“Como que vai motivar os melhores jovens para educação se não há uma melhoria salarial? Tem que ter um equilíbrio”, afirmou Mercadante em sua primeira audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado.
O valor do piso salarial foi reajustado pelo MEC na segunda-feira (27) para R$ 1.451 para professores de nível médio com carga de 40 horas semanais, o que representa 22,22% de aumento em relação a 2011. Prefeitos de todo o país foram nesta terça-feira (28) a Brasília em busca de apoio do Congresso Nacional para que o governo federal cubra as despesas com o novo piso nacional dos professores.
Enem
Na audiência, Mercadante mencionou ainda os problemas que o ministério enfrenta com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo ele, “o MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande e diverso. Houve um avanço logístico, mas sempre será uma dificuldade”.
O ministro citou, como uma das primeiras providências para resolver os problemas de vazamento de questões, o aumento no banco de questões do Enem. De acordo com o ministro, “24 universidades já estão trabalhando online exatamente para alimentar o banco de questões do Exame. Quanto mais questões tiverem no banco, menos problemas e mais segurança nós teremos”.
Prefeitos foram ao Congresso pedir ajuda para pagar o piso.
O Enem apresentou problemas nas três últimas edições do exame, desde quando passou a ser usado como forma de acesso às instituições públicas de ensino superior - em 2009, houve furto de provas da gráfica; em 2010, problemas com a impressão dos cadernos de provas; e, em 2011, vazamento de questões em uma apostila distribuída a estudantes de um colégio em Fortaleza.
Sobre a Prova Brasil, exame aplicado a estudantes de ensino fundamental, Mercadante disse aos senadores que está em estudo a possibilidade de, além de português e matemática, incluir questões de ciência. Segundo sua assessoria, porém, a mudança ainda não foi definida.
Fonte: G1
Fotos: Foto: Natalia Godoy/G1
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